Diário da Região
Perícia

Peritos realizam reconstituição do atropelamento de Estefany Medina em Cedral

Defesa do acusado quer saber o local exato onde a jovem estava sentada quando foi atropelada e morta

por Joseane Teixeira
Publicado em 18/07/2023 às 10:48Atualizado em 18/07/2023 às 19:08
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Carro localizado pela Polícia Militar tinha o para-choque dianteiro danificado; no detalhe Estefany, de 20 anos, que morreu após ser atropelada (Fotos: Divulgação/PM e Reprodução/Redes sociais)
Carro localizado pela Polícia Militar tinha o para-choque dianteiro danificado; no detalhe Estefany, de 20 anos, que morreu após ser atropelada (Fotos: Divulgação/PM e Reprodução/Redes sociais)
Reconstituição, com a versão de João Pedro, mostra onde a vítima estaria sentada quando foi atropelada (Juan Siqueira)
Reconstituição, com a versão de João Pedro, mostra onde a vítima estaria sentada quando foi atropelada (Juan Siqueira)
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A pedido da defesa, a Polícia Técnico Científica realiza na manhã desta terça-feira, 18, a reconstituição do acidente que matou a jovem Estefany Ferreira Medina, em janeiro, na saída de uma festa em Cedral.

A vítima estava sentada em uma estrada que dá acesso a um conjunto de chácaras quando foi atingida por um Astra conduzido por João Pedro Silva Alves.

Ele fugiu do local do acidente, mas foi localizado em casa e preso.
Solto no mês de maio por decisão do Superior Tribunal de Justiça, João foi a única pessoa a participar do procedimento. Os amigos de Estefany, que têm medida cautelar de afastamento do autor, deram suas versões no período da tarde, assim como os passageiros do carro de João.

O objetivo da defesa, segundo ele, é apurar o local exato onde a vítima estava sentada e, se da posição, o motorista teria condições de visualizá-la.

“Era fim de festa e muitas pessoas caminhavam em direção à rodovia. O João não tinha como enxergar que, no meio do fluxo, havia alguém sentada no meio fio”, disse o advogado Juan Siqueira.

O delegado de Cedral, José Rubens Macedo Paizan acompanhou a perícia. Ele foi procurado pelo Diário, mas não quis se manifestar.

Estefany morreu por politraumatismo. Laudo necroscópico aponta que ela fraturou os dois braços e seis ossos da costela.

João foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (por surpresa e meio cruel), e lesão corporal leve dolosa, contra uma amiga de Estefany que conseguiu desviar do carro.

Para Juan, a conduta se enquadra como homicídio culposo na direção de veículo, crime do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que prevê até oito anos de reclusão. Já o homicídio qualificado tem pena que varia de 12 a 30 anos.