Adolescente é apreendido após ataque a tiros que deixa um morto e uma mulher ferida em Rio Preto
Adolescente afirmou que fornece drogas ao homem baleado há cerca de um ano. No dia do crime, o cliente teria tentado comprar entorpecentes “fiado”, o que teria gerado uma discussão e, depois, ameaças contra o suspeito e sua família
Um adolescente foi apreendido após um ataque a tiros que terminou com a morte de um homem e deixou uma mulher ferida na noite de quinta-feira, 4, na Vila Toninho, em Rio Preto. O caso, inicialmente registrado como tentativa de homicídio, foi reclassificado após a confirmação da morte de uma das vítimas pela Santa Casa.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher dirigiu até a UPA Jaguaré pedindo socorro após ter sido baleada no braço. O passageiro do carro, seu companheiro, foi atingido por três disparos no abdômen. Ambos relataram que foram ao bairro comprar drogas, quando houve um desentendimento com um indivíduo envolvido com o tráfico local. Ele teria se aproximado do veículo e disparado contra o casal.
A Polícia Militar foi acionada pela equipe de enfermagem e, ainda na unidade de saúde, recolheu as primeiras informações. A mulher apresentou aos policiais um comprovante de pagamento via PIX feito dias antes ao suposto autor dos disparos. Com isso, os agentes conseguiram identificar o beneficiário da transferência.
Com base no registro, a Polícia Militar verificou o banco de dados da corporação e mostrou à vítima fotos de suspeitos com as características mencionadas. Ela reconheceu o rapaz que havia recebido o PIX. Os policiais foram então ao endereço cadastrado, onde encontraram o suspeito — também menor de idade — que negou participação inicialmente, mas acabou mudando sua versão após ser ouvido pela Polícia Civil.
Segundo o boletim, o adolescente afirmou que fornece drogas ao homem baleado há cerca de um ano. No dia do crime, o cliente teria tentado comprar entorpecentes “fiado”, o que teria gerado uma discussão e, depois, ameaças contra o suspeito e sua família. Ele contou ainda que, ao conversar com outro jovem do bairro, percebeu que ele portava um revólver. O adolescente disse ter pedido somente que o comparsa lhe “desse um susto”, e que pagou R$ 500 pelo serviço — mas o segundo indivíduo teria começado a atirar sem aviso. Esse segundo suspeito, apelidado de “Pedrinha”, não foi localizado e continua foragido.
Durante a madrugada, a Santa Casa comunicou à Polícia Civil que o homem atingido não resistiu aos ferimentos. Com a confirmação da morte, o caso passou de tentativa de homicídio para homicídio qualificado, permanecendo sob investigação. O adolescente apreendido foi encaminhado à Fundação Casa, enquanto diligências seguem para encontrar o segundo envolvido e localizar a arma utilizada.