Diário da Região
NOVAS ELEIÇÕES

Candidato a prefeito tem segundo vice barrado em eleição de Mendonça

Com o indeferimento da candidatura de Zé Pedro (PSDB), a coligação do candidato a prefeito Juliano (PSDB) terá um terceiro candidato a vice: o ex-vice-prefeito Moisés Kfouri (DEM)

por Arthur Pazin
Publicado em 14/09/2021 às 19:04Atualizado em 14/09/2021 às 19:04
Divulgação/Câmara de Mendonça (Divulgação/Câmara de Mendonça)
Divulgação/Câmara de Mendonça (Divulgação/Câmara de Mendonça)
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A Justiça Eleitoral de José Bonifácio barrou o registro de José Pedro Fernandes Pinto (PSD), candidato a vice-prefeito na chapa de Juliano Souza de Oliveira (PSDB) nas eleições suplementares que acontecerão em Mendonça no próximo dia 3 de outubro. Com a decisão, a coligação "Unidos por Mendonça" aguarda o deferimento do novo candidato a vice, o ex-vice-prefeito Moisés Kfouri (DEM).

A sentença do juiz eleitoral Faluer Félix de Ávila atende a uma ação de impugnação proposta pelo diretório municipal do Solidariedade (SD), de Mendonça, que alegou que Zé Pedro estaria impedido de participar das novas eleições por ter sido o causador da nulidade da eleição em 2020.

A defesa do candidato a vice, porém, disse que ele "sequer teria sido candidato, sendo equivocada a afirmação de que teria sido ele o candidato que deu causa à nulidade daquele pleito" e que ele reúne todos os requisitos necessários para a candidatura.

Procurado pela reportagem, o advogado do diretório municipal do Solidariedade (SD), Rodrigo Fachin de Medeiros, disse que na época, a coligação de Juliano tentou trocar o vice para Zé Pedro após a impugnação de Odair Milhossi, o que aconteceu fora do prazo.

Medeiros também disse que a ação pediu o indeferimento da candidatura de Juliano, o que foi negado pelo juiz. O diretório, no entanto, afirmou que irá recorrer da decisão.

O que diz o candidato a prefeito

O Diário entrou em contato com o candidato a prefeito Juliano (PSDB), que disse que com a sentença, a coligação optou por não entrar com recurso, para evitar desgastes, substituindo, então, o vice-candidato para Moisés Kfouri (DEM), que foi vice-prefeito no município entre 2005 e 2008. 

O tucano também reforçou que o "causador" da nulidade da votação do ano passado não foi Zé Pedro, mas sim o ex-candidato a vice Odair Milhossi.

De acordo com ele, o indeferimento não era previsto pela coligação, que atribui a ação a um movimento da oposição. "Não querem deixar de forma alguma a gente trabalhar", disse o candidato a prefeito.

As novas eleições

O novo pleito foi marcado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para definir as eleições municipais de 2020, quando Juliano venceu nas urnas para com 1.932 votos (51,47%) contra 1.822 votos (48,53%) de Zé Sérgio (SD), mas não assumiu o posto.

A chapa foi afastada por indeferimento do registro de candidatura do vice do tucano, José Pedro. Na ocasião, Juliano lançou a chapa com o candidato a vice Odair Milhossi (DEM), mas Milhossi renunciou após ter o registro indeferido pela Justiça devido a um processo envolvendo a compra de bancos de concreto de uma empresa de Monte Alto.

A chapa alegou que o indeferimento ocorreu seis dias antes do pleito, após ter passado o prazo para substituir o vice dentro do período legal, apesar de ter lançado um novo vice. 

Com a nulidade da votação, Ericson Lima (PP), presidente da Câmara, foi quem assumiu, em janeiro, o Executivo.