Primeira Marcha da Maconha reúne 500 pessoas em Rio Preto
Caminhada pacífica aconteceu na tarde deste sábado, 5



Aproximadamente 500 pessoas se reuniram na tarde deste sábado, 5, em frente à Prefeitura Municipal de Rio Preto, para a 1ª Marcha da Maconha realizada na cidade.
O objetivo, segundo a organização, é defender o livre plantio de cannabis para fins terapêuticos e a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.
A caminhada em direção ao Anfiteatro da Represa Municipal teve o apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar de Rio Preto.
Jovens exibiam aos motoristas cartazes como "Remédio legal é maconha no quintal" e "Para o povo vivo e livre, legalize".
Tiago José Alves, um dos organizadores da passeata, diz que o encontro entrou para a história da cidade.
"Há ainda um grande tabu sobre a legalização da maconha. É importante dar visibilidade para o tema e chamar a sociedade para o debate", disse.
Tiago tem autorização judicial para cultivar cannabis em casa para tratamento da ansiedade, depressão e gastrite.
"Foi libertador para mim. Os medicamentos causavam muitos efeitos colaterais e, ao invés de ajudarem, estavam prejudicando a minha saúde", afirmou.
A quantidade de pessoas engajadas na pauta surpreendeu a organização.
A marcha foi encerrada no início da noite com discotecagem do dj Kayque Gambirasi no Anfiteatro.
A pauta da manifestação ganhou ampla visibilidade nesta semana com a retomada do julgamento sobre o porte de droga pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros julgam se é constitucional o artigo 28 da Lei 11.343/2006, que considera crime adquirir, guardar e transportar entorpecentes para consumo pessoal. A votação, adiada mais uma vez, já tem quatro votos favoráveis à descriminalização.