Polícia do Paraná encontra corpos de rio-pretenses desaparecidos
As buscas foram realizadas na mesma região onde foi enterrada a Fiat Toro

Às 5h14 desta sexta-feira, 19, a Polícia Civil de Icaraíma, no Paraná, anunciou a localização dos corpos de quatro homens desaparecidos há 45 dias durante a cobrança de uma dívida relacionada a compra de uma propriedade rural. Entre as vítimas, dois homens são de Rio Preto e um de Olímpia.
De acordo com o delegado Thiago Andrade, os corpos foram localizados a cerca de 500 metros do ponto onde foi enterrada a Fiat Toro.
"Vasculhamos cada ponto dessa região, minuciosamente. Durante as buscas, encontramos um ponto onde havia plantas que não estavam plantadas, mas apenas colocadas para encobrir os corpos. Desconfiamos e começamos a cavar, foi quando encontramos os corpos", explica.
O chefe de Polícia Científica de Umuarama destacou o trabalho desafiador, em razão do difícil acesso ao local onde estavam os corpos - que serão periciados com o objetivo de identificar a causa das mortes.
"Devido o tempo, os corpos já estão iniciando a decomposição. Então dificulta essa análise preliminar. Aparentemente, há marcas de violência, como disparos de armas de fogo. Contudo, somente o laudo poderá concluir essa questão", esclareceu o delegado Gabriel Menezes.
Ele ressaltou que as investigações prosseguem em sigilo com o objetivo de identificar e prender os autores do crime.
Lembre o caso
De acordo com familiares dos desaparecidos, Robishley Hirnani De Oliveira, 53, Rafael Juliano Marascalchi, 43, e Diego Henrique Afonso, 39, saíram de Rio Preto em um Fiat Toro no dia 5 de agosto e encontraram Alencar Gonçalves de Souza no estado do Paraná.
Juntos, eles iriam cobrar uma dívida de R$ 255 mil referente a alienação de uma propriedade rural em Icaraíma.
As vítimas, porém, deixaram de se comunicar com familiares que, preocupados, denunciaram o desaparecimento à Polícia Civil.
Dois homens são considerados foragidos: Antônio Buscariollo e Paulo Buscariollo (pai e filho). As investigações apontam que eles adquiriram a propriedade relacionada à cobrança e foram os últimos a conversarem com as vítimas antes do desaparecimento.