Diário da Região
Inquérito

Deic de Rio Preto conclui caso Giovana com indiciamento de três homens 

Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado

por Joseane Teixeira
Publicado há 6 horasAtualizado há 3 horas
Giovana morreu aos 16 anos e teve o corpo enterrado em uma chácara (Reprodução)
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Giovana morreu aos 16 anos e teve o corpo enterrado em uma chácara (Reprodução)
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A Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto concluiu o inquérito instaurado para investigar as circunstâncias e autoria da morte da adolescente Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, cujo corpo foi enterrado em uma propriedade rural de Nova Granada e localizado, após denúncia anônima, em agosto de 2024.

O anúncio sobre o fim das investigações foi feito na na manhã desta sexta-feira, 19.

Conduzido pelo delegado André Amorim, o inquérito indicia o empresário Gleison Luís Menegildo, o chefe de oficina Anderson Luís Bardella e o caseiro Cleber Danilo Partezani pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

"Teriam eles agido com dolo eventual, quando procederam ao sepultamento irregular da vítima desacordada, sem que ao menos se tentasse o socorro médico", informou a especializada.

Gleison e o caseiro Cleber Danilo Partezani já respondiam por ocultação de cadáver desde a localização do corpo da adolescente na propriedade do empresário. As investigações apontam que o caseiro foi responsável por abrir a cova onde o corpo foi enterrado.

Conforme o Diário noticiou no dia 11 de setembro, o Gleison foi indiciado também por tráfico de drogas e por fornecer bebida alcoólica a adolescente, pois teria servido cocaína e cerveja para vítima, mesmo ciente de que ela era menor de 18 anos.

"Os três indiciados estavam presos temporariamente desde 15 de agosto, quando a DEIC deflagrou a Operação Ecos da Terra para capturá-los. Durante aquela diligência, na empresa de G. L. M. foram encontradas duas armas de fogo de calibre permitido (.22) e uma de calibre restrito (9mm), todas irregulares. Assim, ele foi também preso em flagrante", acrescenta a Polícia Civil.

Com o término das investigações, o delegado André Amorim pediu a conversão das prisões temporárias em prisões preventivas. O caso foi encaminhado para análise do Ministério Público.