Diário da Região
JULIO PALAZZO

Obesidade infantil: fique de olho!

por Dr. Julio Palazzo de Mello
Publicado em 22/11/2021 às 11:44Atualizado em 22/11/2021 às 16:57
Dr. Júlio Palazzo de MelloMédico Nutrólogo – CRM PR 16.401 / CRM SP 83.054 (Divulgação)
Dr. Júlio Palazzo de MelloMédico Nutrólogo – CRM PR 16.401 / CRM SP 83.054 (Divulgação)
Ouvir matéria

O tema Obesidade Infantil é pouco discutido no dia a dia, porém temos que prestar muita atenção aos sinais e sintomas que possam levar uma criança saudável a se tornar um adulto obeso, e, com isso, acarretar várias consequências futuras. O sobrepeso pode iniciar logo aos 7 ou 8 anos de idade, e a ingestão alimentar influenciar diretamente nisso. Porém, temos algumas entidades médicas, como as intolerâncias alimentares, que podem afetar e, até mesmo, acelerar o problema.


Vejamos, por exemplo, a Doença Celíaca – que é uma reação ao Glúten – doença autoimune do intestino que pode provocar desde câimbras, aftas, dores abdominais frequentes, sensação de barriga inchada, até alterações no intestino, que podem levar à má absorção de minerais, vitaminas lipossolúveis como a A, D, E, K, e ainda, provocar fadiga, falta de energia e anemias

Alterações hormonais também podem ocorrer, com atraso na puberdade e no crescimento, gerando, além da obesidade, outras doenças associadas como o hipotireoidismo – considerada causa primária da obesidade – e, até mesmo, o diabetes.

Na Obesidade Infantil é muito comum o relato de excesso da ingestão de doces. Isso pode estar associado a uma alteração na produção da insulina pelo pâncreas, levando a chamada resistência à insulina, ou seja, alteração que leva à hipoglicemia e assim sucessivamente à procura da ingestão de alimentos doces.

O uso de medicações antidiabetogênicas, às vezes, não é o melhor caminho, pois a própria deficiência do hormônio do crescimento pode levar a essa resistência insulínica, além do aumento do peso, sendo esta deficiência também uma outra causa primária do problema, entre outras alterações.

E, por último, mas não menos importante, a deficiência da serotonina, que pode levar à dificuldade da criança em conter o próprio apetite, já que essa deficiência tem um papel direto no controle da saciedade, tornando-se mais uma causa de obesidade infantil. A dica é ficarmos atentos e fazer exames periódicos, a fim de realizar um diagnóstico precoce e proporcionar um tratamento adequado, estimulando a prática de alguma atividade física, pensando no futuro dessa criança.  

 

Serviço:

Dr. Júlio Palazzo de MelloMédico Nutrólogo – CRM PR 16.401 / CRM SP 83.054