Diário da Região
SAÚDE

Microfisioterapia trata dores físicas e emocionais

A técnica manual se mostra eficaz no tratamento de diversas condições físicas e psicossomáticas

por Luciana Vinha
Publicado em 14/01/2024 às 11:12
Freepik/Divulgação (Freepik/Divulgação)
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A microfisioterapia é uma técnica desenvolvida na França na década de 1980 pelos fisioterapeutas e osteopatas Daniel Grosjean e Patrice Benini em colaboração com embriologistas, físicos e biólogos. Destaca-se por sua capacidade de atuar de maneira abrangente em uma variedade de condições físicas e neurológicas, reconhecendo a interconexão entre o corpo e as questões emocionais, visando a restauração completa do equilíbrio do organismo.

Através de toques manuais sutis em pontos específicos, aborda e trata memórias corporais traumáticas que podem ter origem em diferentes fases da vida, incluindo a fase intrauterina (período dentro do útero materno), a vida embrionária, a infância, a adolescência e a fase atual, buscando promover a restauração do equilíbrio físico e emocional, contribuindo para o bem-estar geral do paciente.

“Na microfisioterapia, olhamos o indivíduo como um todo, buscando compreender o funcionamento do seu organismo e não apenas tratar um sintoma isolado. Ter esse olhar integral e individualizado é um diferencial para o tratamento e sua melhora. Além disso, em algumas situações, a técnica pode ser trabalhada em conjunto com outras especialistas, como médicos, nutricionistas, psicólogos, e fonoaudiólogos”, afirma a fisioterapeuta Cynara Barbosa de Souza Sendem.

A microfisioterapia visa equilibrar o sistema nervoso autônomo, responsável por regular funções vitais. “Esse equilíbrio, baseado na homeostase, beneficia amplamente diversas patologias, indicada para todas as faixas etárias, desde recém-nascidos até idosos, sem contraindicações”, explica a fisioterapeuta Roselin Lemos.

Ela ressalta, inclusive, que a microfisioterapia é bastante utilizada em recém-nascidos para problemas como refluxo, questões imunológicas, distúrbios do sono, alergias e intolerâncias ao leite, recomendada também para crianças irritadas, que choram muito sem uma causa definida.

TÉCNICA É UTILIZADA EM DIVERSAS SITUAÇÕES

Há mais de 10 anos, a microfisioterapia se tornou essencial para o bem-estar da fisioterapeuta infantil Kamila Franzin da Silva, 41 anos, sendo uma ferramenta que ela utiliza em diversas situações para lidar com diferentes sintomas, contribuindo para o seu autoconhecimento, qualidade de vida, disposição e evolução. “No ano passado, durante uma crise de diverticulite que incluiu dor intensa, internação, muita medicação e medo, a ela foi fundamental em meu tratamento, auxiliando no alinhamento, na organização e na compreensão dos motivos que levaram àquela dor”, afirma.

Quem também tem experimentado os benefícios da técnica há mais de 4 anos é a servidora pública federal aposentada Tânia Assioni Zanatta, 61 anos. “A microfisioterapia tem sido uma abordagem fundamental para a minha saúde física e emocional, me proporcionando qualidade de vida, reequilibrando todos os sistemas corporais e promovendo um significativo autoconhecimento”.

Principais indicações:

  • Dores crônicas e agudas
  • Problemas articulares e musculares
  • Gastrite
  • Condições físicas e neurológicas (incluindo hérnia de disco e sintomas de neuropatias)
  • Dermatite e alergias de pele
  • Alergias respiratórias, sinusites e rinite alérgica
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Distúrbios do sono
  • Irritabilidade
  • Nervosismo
  • Refluxo, alergias e intolerâncias ao leite em recém-nascidos
  • Alguns benefícios:
  • Alívio das dores físicas
  • Melhora do estado emocional
  • Aumento da disposição
  • Estímulo ao sistema imunológico
  • Favorecimento da prevenção de doenças
  • Sensação de leveza mental e corporal após a sessão
  • Promoção do bem-estar geral, tanto físico quanto emocional

Possíveis efeitos colaterais:

Os efeitos colaterais que podem surgir são individuais, dependendo da reação do corpo, da área estimulada e dos bloqueios predominantes do paciente. A recomendação é aumentar a ingestão de água nos três dias seguintes à sessão.

Podem incluir:

  • Sede intensa logo após as sessões
  • Sonolência
  • Dor de cabeça
  • Cansaço
  • Indisposição
  • Náusea
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Aumento de volume ou alteração na coloração da urina
  • Crise emocional, choro