Baixas temperaturas aumentam a incidência de quedas de idosos
A maioria dos acidentes ocorre no banheiro, em pisos escorregadios e diante de obstáculos, como tapetes e degraus

A época mais fria do ano chegau e junto com a diminuição da temperatura acontece o aumento de queda de idosos. Mas, afinal, qual o motivo do crescimento desse número? A médica fisiatra Matilde Sposito, especialista em bloqueios neuroquímicos, explica que no inverno intenso, quando as temperaturas estão mais baixas, as pessoas ficam mais ‘encolhidas’, o que limita a mobilidade. “Também usamos muitas roupas, o que pode tornar o movimento de proteção mais limitado”, diz.
A especialista alerta que a maioria das quedas ocorre no banheiro, em pisos escorregadios e diante de obstáculos como tapetes e degraus. “Devido à osteoporose, muito comum nessa faixa etária, o risco de fraturas é maior, pois a musculatura muitas vezes não oferece a proteção necessária”, afirma.
Mesmo com uma dificuldade maior para se recuperar, com um programa de reabilitação adequado, é possível que um idoso após uma queda se recupere e retorne às suas atividades. “A forma de tratamento vai depender do tipo de sequela que a queda acarretar. É importante lembrar que muitos idosos já não enxergam bem e muitas vezes perdem o senso de profundidade, o que pode aumentar o risco de quedas”. Por isso, Matilde alerta que, dependendo do grau de dependência do idoso, um familiar ou cuidador é fundamental para dar segurança ao e evitar acidentes domésticos.
A médica ainda faz recomendações para evitar essas quedas, pois as lesões nessa faixa etária podem trazer complicações mais graves. “Eu recomendo fortemente retirar os obstáculos, colocar apoios nos banheiros, uso de corrimão, sinalizar degraus e evitar o uso de chinelos. Todo cuidado para evitar esses acidentes é válido”, diz.