Diário da Região
BICHOS

Atenção com as altas temperaturas

É preciso ter cuidado com os animais durante os dias de calor intenso

por Jéssica Reis
Publicado em 21/11/2021 às 17:10Atualizado em 25/11/2021 às 15:00
Cães e altas temperaturas (Canva/Banco de imagens)
Cães e altas temperaturas (Canva/Banco de imagens)
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Se para os humanos é difícil encarar as altas temperaturas do interior de São Paulo, especialmente em Rio Preto, onde os termômetros chegam próximo aos 40ºC nessa época do ano, imagine os pets. É por isso que o tutor deve estar sempre atento aos dias de calor excessivo.

“No verão, época em que temos temperaturas mais elevadas, é importante que o tutor saiba que o cão não sofre perda de calor como nós, por meio da transpiração, do suor. Esta perda de calor no cão se dá por meio da ofegação e por meio de glândulas que ficam nas patas, entre os dedos”, explica o médico-veterinário Alexandre Merlo e gerente técnico de Animais de Companhia da Zoetis.

Segundo a veterinária Livia Romeiro, os animais de estimação também sofrem bastante com os efeitos da alta temperatura, podendo até adquirir queimaduras nas patas, insolação e hipertermia. “Apesar de terem a sola das patas mais resistentes do que a sola dos pés humanos, as patinhas do pet ainda são muito sensíveis. Por isso, entre os cuidados com os animais nos períodos de calor é necessário acrescentar algumas precauções extras durante os passeios. Sendo assim, evite passear com o animal de estimação entre o período das 10h às 16h, optando sempre por locais sombreados, com árvores e grama”, alerta.

Confira a seguir algumas dicas de cuidados com os pets durante os dias de calor intenso.

Cuidados com os animais no calor

Deixar água limpa e sempre disponível: como o cão não tem perda de calor pelo suor como os humanos, a água é importante para que ele se refresque. Preste atenção se a vasilha de água não fica exposta ao sol. A água deve estar limpa e fresca.

 

Banho: a maioria dos cães, que vive em casa ou apartamento, toma banho uma vez por semana. Para animais de porte pequeno, essa frequência pode ser mantida. Para os de porte grande, que muitas vezes não tomam banho toda semana, banhos mais frequentes podem ser recomendados, na dependência da rotina.

 

Tosa: os pelos retêm o calor no animal. O tamanho, se mais curtos ou longos, muitas vezes acaba sendo uma decisão humana com base nos padrões raciais definidos. Há raças com pelos tradicionalmente mais curtos e outras em que os pelos são mais longos.

No verão, podemos, no entanto, deixar o pelo em um comprimento menor. Mas deixar rente à pele não é recomendado. Além do corte, a escovação, que em geral ocorre de uma a duas vezes por semana, é bastante importante.

 

Horários de passeio: o cão absorve calor do ambiente, mas não tem a mesma facilidade para eliminá-lo, uma vez que não sua como as pessoas. Se a temperatura for muito elevada, ele não conseguirá ofegar para dissipar o calor na mesma proporção. Por isso, não é recomendado que o passeio seja feito nos horários mais quentes do dia, como próximo à hora do almoço. Isso pode levar o cão a um estado de intermação, que é o colapso causado pelo aumento de temperatura após suma exposição a calor excessivo. Sintomas como ofegação muito intensa após um passeio, fraqueza e redução de consciência podem indicar uma situação de risco, e o animal deve ser imediatamente levado ao médico veterinário para resfriar o corpo. Em alguns casos, a intermação pode levar até a óbito.

Além do horário do passeio, que deve ser feito logo cedo pela manhã ou no fim da tarde, o animal deve estar sempre próximo à sombra para evitar que as patas não tenham contato com o chão quente. Paradas ao longo de todo o passeio devem ser feitas para que o animal descanse. Levar água fresca e oferecê-la frequentemente também é necessário.

 

Doenças, pulgas e carrapatos: Prevenção e tratamento para pulgas e carrapatos devem ser realizados durante todo o ano. Porém, é no verão que esses parasitas proliferam mais rapidamente, e os cuidados devem ser redobrados.