Terapia com ventosas ajuda no tratamento de dores crônicas e do estresse
Terapia com ventosas, técnica milenar chinesa, promove sucção na pele e circulação de energia deficiente pra tratar dores crônicas e estresse
Uma técnica milenar chinesa, recurso da acupuntura, volta a ter espaço entre os tratamentos alternativos: a terapia com ventosas.
A ferramenta de sucção, por meio de copos de vidro, plástico ou bambu, promete trocar células antigas por novas, com base no conceito de que alguns problemas de saúde podem ser causados por sangue estagnado e fluxo de energia deficiente no corpo.
Na Medicina Tradicional Chinesa, ela é usada com o objetivo de promover a melhor circulação de energia nos canais de energia principais e secundários.
O tratamento, que melhora e previne problemas de saúde, como dores crônicas e estresse, ganhou notoriedade após as Olimpíadas do Rio, em 2016, quando o nadador Michael Phelps apareceu nas competições com marcas roxas nas costas, efeito das sessões. Após isso, outros atletas, como o jogador de futebol Neymar, também passaram a difundir o método.
A médica homeopata e acupunturista Bárbara de Mello Florentino Palma atua com a terapia há cerca de três anos e explica que o tratamento com ventosas, em sua especialidade, é um complemento, ou seja, uma ação coadjuvante. “Então, o tratamento será guiado pela indicação da acupuntura. Hoje entendemos que as ventosas melhoram a circulação sanguínea no local da aplicação, auxiliando no relaxamento muscular e melhora da dor”, completa.
Segundo a profissional, a indicação do número de sessões pode variar de acordo com o quadro do paciente – casos agudos podem necessitar de sessões mais frequentes, até diárias, e os casos crônicos podem ser conduzidos com uma sessão semanal. Conforme os resultados aparecem, as aplicações passam a ficar espaçadas, com foco na manutenção.
Os casos mais comuns que chegam ao consultório são de dores músculo-esqueléticas com espasmos, enrijecimentos musculares, principalmente da região dorsal.
O tratamento é indicado para qualquer pessoa que busca por bem-estar, principalmente para dores crônicas, agudas ou o relaxamento muscular e alívio do estresse. Ele pode ser realizado em pessoas de todas as idades, mas geralmente não é aplicado em crianças ou pacientes fragilizados.
De maneira geral, o procedimento é seguro, mas entre as suas contraindicações estão os pacientes com hipertensão, quando não é controlada por medicamentos, além de pessoas com locais de alterações circulatórias, como tromboses, lesões, feridas e infecções de pele onde vai se aplicar a ventosa.
Sessões
O valor das sessões em Rio Preto pode variar de R$ 40 a R$ 120, de acordo com a utilização de outras técnicas adicionais durante o tratamento, como acupuntura, massoterapia, osteopatia, quiropraxia, entre outras.
A associação de outras ferramentas pode proporcionar um resultado melhor para o paciente e, segundo os profissionais, em aproximadamente 80% dos casos ocorre alívio dos sintomas após a primeira sessão. Cada sessão de ventosaterapia tem duração de 30 minutos ou de uma hora, caso tenha adição de outra técnica.
Para Bárbara, que não oferece o tratamento com ventosas separado da acupuntura, é preciso primeiramente fazer uma consulta, onde é realizada a anamnese, o exame físico e a solicitação de exames complementares, se necessário. Nesse caso, a consulta custa em média R$ 300 e as sessões subsequentes em torno de R$ 100.
A ventosoterapia não possui regulamentação e pode ser aplicada por profissionais formados nos cursos específicos da técnica. No mercado, a maioria dos profissionais habilitados a trabalhar com a terapia com ventosas são fisioterapeutas, acupunturistas e massoterapeutas.
Os bons resultados e a segurança do tratamento estão diretamente relacionados com um diagnóstico bem feito. Portanto, um profissional que tenha condições de fazer esse tipo de levantamento, um diferencial para casos de dor, é imprescindível.
“A aplicação das ventosas em si é segura, mas não posso oferecer apenas esse tratamento para uma dor lombar, por exemplo, que venha acompanhada de dormência, perda de força muscular em uma perna, o que me faria suspeitar de uma compressão de nervos e que poderia ser cirúrgico. Um bom profissional reconhece seus limites de atuação e possui a técnica adequada para ter sucesso no tratamento”, enfatiza.