Diário da Região
CRIME

Vereador Irineu Tadeu diz que está 'sem entender até agora' assassinato de chefe de gabinete

Parlamentar lamentou a morte do assessor, com quem mantinha amizade há dez anos, e diz que "não sabe dizer quem teria interesse em fazer isso"; na quinta, o vereador havia demitido o chefe de gabinete

por Marco Antonio dos Santos
Publicado há 4 horasAtualizado há 1 hora
Vereador Irineu Tadeu em discurso na Tribuna da Câmara (Edvaldo Santos 5/8/2025)
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Vereador Irineu Tadeu em discurso na Tribuna da Câmara (Edvaldo Santos 5/8/2025)
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O vereador Irineu Tadeu (União Brasil) lamentou a morte do chefe de gabinete Pablo Lourenço Barbarelli Frazoto, de 45 anos, encontrado com um tiro na cabeça nesta sexta-feira, 19, em Rio Preto. Segundo ele, os dois se conheceram por meio de eventos de ex-jogadores do América e mantiveram uma relação de amizade ao longo de dez anos.

“A gente se conhecia há uns dez anos. Ele também foi jogador de futebol, como eu, só que mais novo. A gente se conheceu nesse time de ex-jogadores do América e, depois disso, seguimos próximos”, afirmou.

Tadeu disse ainda que Pablo esteve ao seu lado nas campanhas eleitorais de 2020 e 2024 e trabalhava em seu gabinete até quinta, 18. “Ele esteve junto comigo nas duas eleições. Tínhamos um relacionamento razoável, uma amizade. O Pablo era um rapaz mais fechado, quieto, na dele”, relatou.

De acordo com o vereador, o assessor foi desligado do gabinete na quinta-feira, pouco antes do início do recesso legislativo - Pablo e outro assessor foram desligados, mas a portaria ainda não foi publicada. “Na sexta-feira, eles já não foram mais ao gabinete. Levaram as coisas para casa porque entrou o recesso”, explicou.

O parlamentar contou que estranhou a falta de resposta de Pablo a mensagens enviadas após o desligamento. “Eu mandei mensagem porque precisava de um microfone lapela que estava no gabinete, mas ele não respondeu. Achei que estivesse chateado”, disse.

Questionado sobre o estado emocional do assessor após a demissão, Tadeu afirmou que Pablo não demonstrou reação direta. “Na hora em que comuniquei ele, junto com outra assessora, não falou nada comigo”, afirmou.

Sobre as circunstâncias da morte, o vereador disse não ter conhecimento de conflitos ou ameaças envolvendo o assessor. “Não teve treta nenhuma, nenhuma discussão no gabinete. Não sei dizer quem teria interesse em fazer isso com ele”, declarou.

Ele também destacou que a casa onde Pablo morava tinha portões eletrônicos e acesso controlado. “Era tudo fechado, portão eletrônico, interfone. Achei muito estranha essa situação”, afirmou, ao comentar informações de que uma pessoa teria entrado e saído do imóvel sem sinais de arrombamento.

O vereador confirmou que Pablo morava sozinho e que o corpo foi encontrado após o tio estranhar a falta de contato. “O tio foi lá porque ele não respondia mensagens”, disse.

Por fim, Tadeu voltou a lamentar a perda. “É uma amizade de dez anos. Infelizmente aconteceu isso. A gente fica sem entender”, concluiu.