Região de Rio Preto debate contorno ferroviário em audiências públicas

O governo de São Paulo, por meio do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), inicia nesta terça, 31, as audiências públicas sobre o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/Rima) do contorno ferroviário de Rio Preto. A intervenção também irá tirar trilhos que cortam trecho urbano das cidades de Mirassol e Cedral.

A obra ficará a cargo da concessionária Rumo, que vai encaminhar representantes para os debates. A primeira audiência será na Câmara de Cedral nesta terça, a partir das 17h. Na quarta, 1º de junho, o debate sobre a obra será em Bady Bassitt. Na quinta, 2, a reunião irá ocorrer na Câmara de Mirassol.

Na manhã desta terça, o vice-presidente de Regulatório, Institucional, Projetos e Expansão da Rumo, Guilherme Penin, irá falar sobre a obra, em entrevista coletiva no gabinete do prefeito Edinho Araújo (MDB).

O custo da obra é estimado em R$ 694 milhões no relatório, que teve detalhes divulgados pelo Diário na edição do dia 22 de maio.

Segundo o documento, “para implantação do empreendimento estima-se que serão desapropriadas 158 propriedades, com área total de aproximadamente 328 hectares”. A maioria das propriedades fica no município de Bady Bassitt, 40,5% do total. Já em Mirassol estão 33,5% das propriedades identificadas; 17,1% estão em Cedral e 2,5%, em Rio Preto. Por ter o menor impacto ambiental do projeto, Rio Preto não terá audiência pública sobre o empreendimento. O debate faz parte de exigências da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para que a Rumo consiga a Licença Prévia (LP) para a obra.

A previsão é que o empreendimento tenha início em 2023, com conclusão três anos depois, em 2026. O cronograma atualizado deve ser apresentado pelos representantes da Rumo na audiência. A concessionária ficará a cargo de compensações por conta dos locais de preservação ambiental que serão impactados com a obra.