Servidores da Empro presos por ataque hacker têm prisão prorrogada em Rio Preto
Por ordem judicial, a prisão temporária de cinco dias foi convertida em prisão preventiva, a pedido do delegado do caso, Adriano Pitoscia

A Justiça de Rio Preto converteu em preventiva a prisão dos dois servidores da Empresa Municipal de Processamento de Dados (Empro) - Fernando Peres Pinheiro e Felipe Ponchio Garcia -, suspeitos de participação em invasão ao sistema da Prefeitura de Rio Preto. Eles foram detidos na semana passada, após mandados de prisão temporária.
O pedido foi feito pelo delegado Adriano Pitoscia, da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), responsável pelo caso. Inicialmente, foi decretada a prisão temporária, por cinco dias. Agora, o tempo de detenção fica indeterminado, enquanto seguem as investigações, que começaram em junho deste ano.
A invasão ao sistema afetou todos os setores da administração municipal, com maior impacto no atendimento da área da saúde.
Defesa critica decisão e fala em “show midiático”
Alessandro Lima, advogado de Fernando Peres, classificou a decisão como inesperada e desproporcional. Segundo ele, seu cliente não responde por crime com violência, possui residência fixa e emprego, o que afastaria os requisitos para a prisão preventiva.
“Passadas duas semanas da prisão, nem eu nem o advogado do outro servidor tivemos acesso ao inquérito, o que prejudica a defesa. Não há qualquer justificativa. Vamos entrar com recursos para libertá-los”, afirmou.
Lima também criticou a condução do caso, que, segundo ele, teria motivações políticas. “Só fizeram tudo isso porque o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, estava em visita a Rio Preto. Não há provas substanciais que justifiquem a prisão e agora a prorrogação”, disse o advogado.
O Diário tentou contato com o delegado Adriano Pitoscia para comentar a decisão, mas ele não atendeu às ligações telefônicas.
A investigação segue em sigilo de Justiça.