Projeto prevê multa de até R$ 2,5 mil a quem deixar animal acorrentado em Rio Preto
Proposta já foi aprovada em primeira discussão e volta ao plenário na quinta-feira, 4, para análise do mérito; se aprovada, segue para sanção do prefeito Edinho Araújo

A Câmara de Rio Preto analisa na próxima quinta-feira, 4, na sessão das 14h, o projeto do presidente da Casa, vereador Pedro Roberto (Patriota), que proíbe manter animais acorrentados no município, com multa que pode chegar a R$ 2518,40 em caso de reincidência.
O texto já foi aprovado em primeira discussão, quanto à legalidade, e volta ao plenário da Câmara para análise do mérito. Se aprovado por maioria simples, segue para sanção ou veto do prefeito Edinho Araújo.
A proposta
Sob a justificativa de inibir casos de maus-tratos em Rio Preto, o projeto de lei proíbe que animais sejam mantidos presos em correntes "ou assemelhados" no município. Segundo o texto, quem infringir a lei está sujeito a notificação para regularizar a situação em 24 horas, multa e apreensão do animal.
Se a situação não for regularizada, o animal deverá ser apreendido e o proprietário deverá pagar multa e despesas veterinárias para pegar o bicho de volta, no prazo máximo de sete dias.
A multa prevista é de 20 unidades fiscais do município (UFMs) — o equivalente a R$ 1259,20 —, podendo dobrar, chegando a R$ 2518,40 se o animal for encontrado acorrentado em estabelecimento comercial.
Caso o animal seja encontrado acorrentado em casas de pessoas físicas, a multa é de 10 UFMs, equivalente a R$ 629,60, podendo chegar a R$ 1259,20 em caso de reincidência.
Em ambos os casos, o proprietário deverá pagar pelas despesas veterinárias, além de 1 UFM, no valor de R$ 62,96, por dia de permanência do animal no abrigo. "Caso o animal não seja resgatado no prazo estipulado (...), o mesmo será castrado e disponibilizado para adoção pelos órgãos competentes, sendo vedada a adoção pelo infrator", diz o projeto.

'Risco para o animal'
Ao justificar a necessidade de uma lei que proíba a manutenção de animais acorrentados em Rio Preto, Pedro Roberto diz que o ato de acorrentar pode ocasionar problemas físicos, tais como lesões de pele, no pescoço e pelo corpo, além de problemas psicológicos. "A conduta, ainda, representa um risco para o animal, afinal não são poucos os registros de cães que se enforcam ao ficarem presos em correntes e afins", escreve o vereador.
Pedro argumenta ainda que "acorrentar um animal por longos períodos, além de ser considerado maus-tratos, é uma conduta desumana."