Programa de habitação para PMs tem 274 contratos no País
Lançado em setembro, em cerimônia no Palácio do Planalto, o Habite Seguro celebrou até agora 274 contratos de crédito imobiliário com profissionais da segurança pública de todo o País

Associações de policiais militares afirmam que o programa habitacional preparado pelo governo de Jair Bolsonaro para agradar à classe é menos atrativo do que o Casa Verde e Amarela, substituto do Minha Casa Minha Vida, e não decolou.
Lançado em setembro, em cerimônia no Palácio do Planalto, o Habite Seguro celebrou até agora 274 contratos de crédito imobiliário com profissionais da segurança pública de todo o País. O déficit habitacional no público-alvo é de mais de 150 mil moradias.
Entre as principais diferenças dos dois programas está a forma de calcular a taxa de juros. No Casa Verde e Amarela, ela pode variar de 4,25% a 7,66% ao ano, conforme a faixa de renda, mas é fixa. No Habite Seguro, a taxa parte de 2,5% e soma a remuneração da poupança e do saldo devedor atualizado pela chamada TR. Com isso, a taxa final pode ficar na casa dos 10%.
O programa é alvo de críticas de entidades que o pleitearam por considerar que a iniciativa é restritiva demais e não tem potencial para atacar o problema de déficit habitacional nas tropas estaduais, sobretudo entre praças.
O fenômeno, segundo as entidades, tem empurrado policiais para as periferias e prejudicado a qualidade de vida dos profissionais de segurança.
O Habite Seguro contempla as polícias em geral. Para o presidente da Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais e Bombeiros Militares (Anermb), sargento Leonel Lucas, os policiais não são a maioria dos atendidos até agora.