Diário da Região
ELEIÇÕES 2022

Pré-candidato do PCB ao governo de São Paulo fala em proposta 'radical e socialista'

Gabriel Colombo diz não acreditar ser o momento de fazer concessões de apoio a outras candidaturas

por Rone Carvalho
Publicado em 04/06/2022 às 20:46Atualizado em 04/06/2022 às 23:13
Pré-candidato do PCB ao governo de São Paulo, Gabriel Colombo (Johnny Torres 04/06/2022)
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Pré-candidato do PCB ao governo de São Paulo, Gabriel Colombo (Johnny Torres 04/06/2022)
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Pré-candidato do Partido Comunista Brasileiro (PCB) ao governo de São Paulo, Gabriel Colombo defende a estatização pública e que o partido apresente um programa de governo socialista para o Estado. A afirmação foi dada em entrevista ao Diário neste sábado, dia 4.

O mais jovem entre os candidatos ao governo de São Paulo, Colombo, de 32 anos, desembarcou pela primeira vez na cidade como candidato neste sábado. Na agenda, um encontro com jovens estudantes do Ibilce e o lançamento da pré-candidatura no Sindicato dos Correios.

Ao Diário, Colombo diz não acreditar ser o momento de fazer concessões de apoio a outras candidaturas, como fez o Psol que desistiu de lançar Guilherme Boulos ao governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad do Partido dos Trabalhadores (PT). E que o PCB busca no primeiro turno contribuir com o debate político.

“A gente não acha que o caminho no primeiro turno é abrir mão. Procuramos apresentar um programa radical e socialista e acreditamos que, em São Paulo, temos muitos apoiadores nesse sentido”, afirmou.

Entre as propostas do comunista estão a implementação da jornada de trabalho de 30 horas, defesa da estatização e uma política de redistribuição de renda entre os brasileiros. No Estado de São Paulo, Colombo defende o incentivo ao sistema público de saúde, reabertura de concursos públicos e ampliação de vagas nas universidades estaduais.

"A eleição é o momento de dizer quem somos. Quem tem que ter medo do comunismo são os latifundiários, grandes empresários e não o trabalhadores ou o pequeno empresário”, afirmou.

Questionado sobre o que pretende fazer para crescer nas intenções de voto e se o anticomunismo seria o maior desafio ao partido, ele afirma que o PCB busca ser uma solução e não mais um entre os atuais candidatos. “Nós não recebemos fundo partidário, não temos tempo de TV ou rádio, mas estamos trabalhando nas redes sociais e vamos acelerar nossa campanha de rua.”

“A gente não tem nenhum rabo preso, com nenhum grande empresário ou com a direita. O que a gente tem é um compromisso com a maioria da população”, completou.

Perfil

Nascido no Rio de Janeiro, Gabriel Colombo mudou-se para Piracicaba em 2009 para cursar engenharia agronômica na Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP). Foi a partir da universidade que começou a militar na área de moradia e de reforma agrária.