Aplicativo de votação do PSDB falha em teste e TSE cobra explicação
Por causa disso, a novela da votação das prévias presidenciais voltou à estaca zero

Os testes com o novo aplicativo de votação do PSDB, feitos durante a madrugada desta quarta-feira, 24, não foram considerados “totalmente satisfatórios” pelo comando do partido. Por causa disso, a novela da votação das prévias presidenciais voltou à estaca zero. Os dirigentes tucanos estão em contato com outras empresas para tentar encontrar uma alternativa para retomar o processo de escolha do candidato da legenda à disputa presidencial de 2022. A meta original era concluir a votação, suspensa no dia 21, no próximo domingo, 28.
Além do desafio tecnológico, racha entre os pré-candidatos e pressão interna, os tucanos terão de lidar ainda com a judicialização da disputa. Acionado por um filiado do PSDB, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o partido esclareça todos os problemas identificados no processo das prévias em até 10 dias.
A decisão do ministro do TSE Benedito Gonçalves foi motivada por um mandado de segurança apresentado por Gustavo Futagami da Silva, advogado filiado à sigla e ligado à Juventude do PSDB. O mandado pede que as prévias sejam suspensas até que as falhas apresentadas durante a votação sejam solucionadas. Na prática, porém, o pleito interno já foi suspenso pelo comando do partido, que partiu para o 'plano C', testando mais uma empresa, agora de Brasília.
No pedido, Silva alegou que o problema no aplicativo original, desenvolvido pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), feriu “o direito líquido e certo do filiado de escolher, através do voto, o próximo presidenciável do PSDB”. A direção do partido informou que “quando notificado, o PSDB solicitará nota técnica à Faurgs" sobre as explicações pedidas.
O problema prolonga o desgaste enfrentado pelo PSDB por não conseguir um desfecho para suas prévias presidenciais. Disputam as prévias os governadores João Doria (São Paulo), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. E os três candidatos têm deixado clara sua pressa para que uma solução seja encontrada o mais rápido possível, justamente para minimizar o prejuízo político causado à imagem do partido.