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Na CPI da Covid, rio-pretense diretor da Prevent Senior rebate acusações feitas à empresa

Operadora de saúde foi acusada de omitir mortes no estudo com o chamado "kit covid" (hidroxicloroquina e azitromicina)

por Estadão Conteúdo
Publicado em 22/09/2021 às 12:17Atualizado em 22/09/2021 às 14:12
Diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, na CPI da Covid (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, na CPI da Covid (Edilson Rodrigues/Agência Senado)
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Diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, o rio-pretense Pedro Benedito Batista Júnior iniciou seu depoimento à CPI da Covid rebatendo as acusações feitas à empresa, investigada pela comissão.

Um grupo de médicos que diz ter trabalhado na Prevent apresentou um dossiê no qual informa que integrantes do chamado "gabinete paralelo" do governo de Jair Bolsonaro usaram a operadora de saúde como uma espécie de laboratório para comprovar a tese de que o chamado kit covid (hidroxicloroquina e azitromicina) era eficiente contra a doença e revelaram que pacientes não foram informados do tratamento experimental, o que é ilegal.

A operadora também foi acusada de omitir mortes no estudo, e não afastar funcionários médicos diagnosticados com covid. Benedito rejeitou essas alegações e afirmou que desde o início da pandemia a Prevent Senior vem sofrendo "acusações infundadas". "Todos os colaboradores suspeitos ou com teste positivo para covid eram imediatamente afastados".

Sobre o apontamento de que mortes foram ocultadas em documento, Benedito alegou que os casos não constavam no relatório em questão porque foram registradas após a confecção do documento. "De 26/03 a 04/04 ocorreram somente dois óbitos, quando o documento foi escrito", disse o diretor da empresa, segundo quem o material foi "retirado totalmente do contexto".

Benedito também afirmou que o dossiê entregue à CPI foi produzido a partir de dados furtados e manipulados para "deturpar a conduta de mais de 3 mil médicos".