Diário da Região
ATAQUE CIBERNÉTICO

Justiça de Rio Preto revoga prisão de servidores da Empro investigados por ataque hacker

Eles são suspeitos de ataque aos sistemas da Prefeitura de Rio Preto; nesta semana, a prisão dos dois funcionários municipais havia sido convertida de temporária para preventiva

por Marco Antonio dos Santos
Publicado há 6 horasAtualizado há 3 horas
Policiais e técnicos da Empro no dia da operação que prendeu os suspeitos do suposto ataque hacker ao sistema da Prefeitura de Rio Preto  (Divulgação/Ademir Terradas/Prefeitura)
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Policiais e técnicos da Empro no dia da operação que prendeu os suspeitos do suposto ataque hacker ao sistema da Prefeitura de Rio Preto (Divulgação/Ademir Terradas/Prefeitura)
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A Justiça de Rio Preto revogou nesta sexta-feira, 17, a prisão preventiva dos servidores da Empresa Municipal de Processamento de Dados (Empro) investigados pelo ataque hacker aos sistemas da Prefeitura. Felipe Ponchio Garcia e Fernando Peres Pinheiro são alvos de inquérito policial que apura suposta violação de segredo profissional.

A revogação da prisão, assinada pelo juiz Armando Gossn Costantini, da Vara Regional das Garantias, substitui a prisão por liberdade provisória com medidas cautelares.

A decisão atendeu a uma manifestação do Ministério Público, que considerou a investigação complexa e destacou a necessidade de novas diligências e laudos periciais que ainda demandam tempo. Segundo o magistrado, as medidas alternativas são “suficientes, por ora”, para garantir a ordem pública, preservar a instrução do processo e evitar a reiteração do crime.

Medidas

Entre as medidas cautelares estão:

  • informar endereços por ocasião do cumprimento do alvará, devendo comunicar eventual alteração e comparecer ao Fórum para justificar suas atividades mensalmente

  • não se ausentarem da Comarca por mais de sete dias consecutivos, sem prévia autorização judicial;

  • proibição de manterem contato com testemunhas;

  • não se envolverem em novas infrações, sob pena de decretação da prisão preventiva

Defesa

Diego Carretero, advogado de Felipe, afirma que a soltura foi correta porque, na sua avaliação, não havia como manter a prisão do cliente. "Diante da concessão da liberdade provisória, a decisão reafirma a importância do respeito às garantias constitucionais, especialmente à presunção de inocência e ao devido processo legal. A defesa seguirá atuando com firmeza para que a verdade dos fatos prevaleça e para a plena absolvição dele", diz o advogado.

Alessandro Lima, advogado de Fernando, vê como positivo que, além da concessão de liberdade, o MP tenha aceitado as considerações de que há necessidade de fazer uma série de questionamentos à Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deci) sobre o inquérito e motivações para as prisões dos servidores.