'É uma coisa assustadora o que está acontecendo', diz secretário de Saúde de Rio Preto
Aldenis Borim falou sobre a pandemia durante sabatina na Câmara nesta segunda-feira e defendeu a vacinação contra o coronavírus

O secretário de Saúde de Rio Preto, Aldenis Borim, passou por sabatina na Câmara nesta segunda-feira, 24. Ele foi convidado pelo presidente da Casa, Pedro Roberto (Patriota), para falar com vereadores sobre o aumento de casos de Covid-19 na cidade, com avanço da variante Ômicron.
O vereador Celso Peixão (MDB) questionou Aldenis sobre a lotação em unidades de saúde, ao que o secretário respondeu o que está acontecendo é algo "nunca visto" na pandemia. "É uma coisa assustadora o que está acontecendo, tanto no (setor) público quanto no privado em todos os lugares do País", disse.
Aldenis afirmou que há uma "mudança de comportamento" da doença. "Essa doença que nós falamos hoje não é a doença da primeira onda, nem da segunda nem da terceira onda. Estudos científicos têm mostrado que as variantes conforme vão passando da primeira para quarta onda ela vai perdendo a agressividade", completou.
Maior transmissão
Ele lembrou, no entanto, que a transmissão aumentou com a nova variante. "Essa transmissibilidade da atual Ômicron supera a maior transmissibilidade que já vimos, que era do sarampo. É por isso que estamos com tantos casos. De dezembro a janeiro tivemos 107.980 atendimentos. Em 50 dias, tivemos 107 mil atendimentos. A nossa projeção é que chegaremos ao dia 31 de janeiro com 83 mil atendimentos. De dezembro para janeiro, houve aumento de 59%. Então, o número é realmente muito assustador", afirmou o secretário.
Lotação
Aldenis disse que as pessoas têm procurado principalmente as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ao invés das unidades de saúde, o que tem provocado lotação. "Outro dado que é assustador é que, desde o início da pandemia, tivemos 112.937 pessoas positivas. Só janeiro, até agora, teve 13 mil e a projeção é de 18 mil. Em um mês, temos 16,4% de casos positivos em relação ao início da pandemia. Realmente estamos num momento do ápice da transmissibilidade. Estamos com muitos casos", afirmou o secretário.
Afastamentos
O titular da Saúde afirmou ainda que, neste mês, a pasta registrou 220 afastamentos de servidores por conta da pandemia. "Falta médico, falta enfermeiro, falta administrativo. Mas não podemos fazer contratações temporárias, porque é no mínimo 90 dias. Se fizer contratação para 95 vai onerar", afirmou o secretário, que defendeu a vacinação contra a Covid. "Quem pega a Ômicron sem vacina vai para a UTI. A vacina é o grande fator", disse. "Entendam: o grande salvador é a vacina", concluiu.