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NA CÂMARA

Conselho de Ética recebe representação de secretária contra Montenegro

por Vinícius Marques
Publicado há 8 horasAtualizado há 5 horas
Alexandre Montenegro durante sessão na Câmara (Divulgação/Câmara de Rio Preto)
Alexandre Montenegro durante sessão na Câmara (Divulgação/Câmara de Rio Preto)
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O Conselho de Ética da Câmara de Rio Preto recebeu, nesta quarta-feira, 25, uma representação da secretária de Educação, Renata Azevedo, contra o vereador Alexandre Montenegro (PL). A denúncia foi encaminhada no início do mês, em meio aos protestos de funcionários terceirizados da Educação por atraso no pagamento de salários.

Na ocasião, a Prefeitura havia retido o repasse à empresa responsável pelos contratos por ausência de apresentação de certidão negativa de débitos. Com isso, o próprio município assumiu os pagamentos aos trabalhadores.

Na representação, a secretária solicita apuração por possível quebra de decoro parlamentar por parte de Montenegro, em razão de sua conduta durante uma reunião que contou com a presença de outros vereadores e secretários, realizada para discutir a situação dos terceirizados.

Durante o encontro, Montenegro cobrou providências do governo em relação aos atrasos e questionou um suposto olhar de deboche da secretária enquanto ele discursava. Renata Azevedo afirma que sofre sequelas de um acidente vascular cerebral, incluindo paralisia facial parcial definitiva. Ela nega ter demonstrado deboche e criticou a postura do vereador, que considerou agressiva. “Toda interlocução foi dirigida em ataque e ameaça à minha pessoa”, afirma a secretária na representação. O caso também foi registrado em boletim de ocorrência.

Participaram da reunião do Conselho nesta quarta-feira o presidente Anderson Branco (Novo) e os membros Francisco Júnior (União Brasil), Celso Peixão (MDB) e Bruno Marinho (PRD). Bruno Moura (PRD) não compareceu e, segundo Branco, justificou a ausência por estar em viagem.

“O Conselho decidiu que o vereador Montenegro, denunciado, terá 15 dias para apresentar sua defesa”, afirmou Branco.

Montenegro sustenta que apenas cumpriu seu papel institucional. “Como vereador, é não apenas minha função, mas obrigação cobrar o governo”, disse. Ele nega ter tido a intenção de ofender a secretária.