CONDENAÇÃO DE BOLSONARO: Coronel e Bilynskyj falam em 'lamento profundo' e 'dia triste para a democracia' 

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do STF, confirmada com o voto da ministra Carmén Lúcia na tarde desta quinta-feira, 11, é vista pelo deputado federal Paulo Bilynskyj (PL), integrante do núcleo duro do bolsonarismo, como apenas um capítulo “nesta batalha”. Segundo o parlamentar, muito outros (capítulos) virão ainda.

"Dia triste para a democracia brasileira. O resultado final já era esperado por todos pela parcialidade dos ministros que participavam deste processo totalmente contaminado”, declarou Bilynskyj ao Diário, que continuou: “O voto do ministro Fux foi uma luz no meio de tanta perseguição e reflete que ainda há espaço para ministros técnicos e não políticos no tribunal”.

E o deputado finaliza: “Temos certeza da inocência do presidente Bolsonaro, estamos com ele até o fim e ainda teremos outros capítulos nesta batalha”.

Coronel Fábio Candido (PL), que diz dever sua eleição à Prefeitura de Rio Preto no ano passado ao ex-presidente e ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, disse lamentar “profundamente os contornos políticos desse processo”.

“Não se trata de justiça. O ex-presidente Jair Bolsonaro representa milhões de brasileiros e condená-lo é condenar também a voz de quem acredita em liberdade, soberania e respeito à vontade popular”, declarou o prefeito ao ser questionado pelo Diário por meio de sua assessoria.

Até o final da tarde desta quinta-feira, o ministro Cristiano Zanin ainda apresentava o voto dele. A expectativa é de que Zanin também vote favoravelmente pela condenação do ex-presidente e de outros sete réus acusados de liderar uma trama golpista após as eleições de 2022.

Mas o placar pela condenação já estava definido, com os votos favoráveis de Alexandre Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Luiz Fuz votou pela absolvição de Bolsonaro de todos os crimes apontados pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Zanin é o último voto a ser contabilizado.