Diário da Região

Bolsonaro tem alta hospitalar após ser internado por mal-estar

De acordo com Cláudio Birolini, médico que o acompanhou durante a internação no hospital DF Star, em Brasília, duas das oito lesões de pele que foram retiradas de Bolsonaro no domingo, 14, eram cancerígenas

por Agência Estado
Publicado há 4 horasAtualizado há 1 hora
Bolsonaro recebe alta hospitalar; laudo aponta câncer de pele (Agência Brasil)
Bolsonaro recebe alta hospitalar; laudo aponta câncer de pele (Agência Brasil)
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve alta hospitalar no início da tarde desta quarta-feira, 17, após ser internado por ter sentido falta de ar e tido episódios de vômito na terça-feira, 16. Depois de menos de 24h no hospital, ele volta para prisão domiciliar.

Bolsonaro deu entrada no hospital DF Star, em Brasília, por volta das 16h desta terça-feira. Ele foi levado ao local acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e ficou internado sob observação da equipe médica.

"O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi admitido no Hospital DF Star na tarde do dia 16 de setembro, devido a quadro de vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-síncope. Apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa", diz o boletim médico.

"O laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo mostrou a presença de carcinoma de células escamosas 'in situ', em duas das oito lesões removidas, com a necessidade de acompanhamento clínico e reavaliação periódica. Recebe alta hospitalar, mantendo o acompanhamento médico", complementa o documento.

O médico Cláudio Birolini, diretor de cirurgia geral do Hospital das Clínicas da USP e médico pessoal do ex-presidente, viajou à capital federal para acompanhar o tratamento.

Ainda na terça-feira, Bolsonaro passou por exames, foi medicado e recebeu a indicação de não ingerir alimentos sólidos.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) visitou o pai no dia da internação e atribuiu o mal estar à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal federal (STF) que condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão pela trama golpista. Também pediu "trégua" ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, a quem se referiu como "terrorista".