Bolsonaro diz ser 'apaixonado' por Trump e afirma que poderia interceder contra tarifaço
"Acho que tenho o poder de resolver esse assunto –parte dele– mas tenho que ter liberdade de conversar com Trump. No momento, nem passaporte eu tenho", disse o ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 15, que é “apaixonado” pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e que foi tratado como um “irmão” pelo norte-americano durante seus anos de governo. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal digital Poder360, transmitida ao vivo pelo YouTube.
“Eu sou apaixonado por ele, pelo povo americano, pela política americana, pelo país que é os Estados Unidos. Eu nunca neguei isso desde meu tempo de garoto. O Trump sempre soube disso. Ele me tratava como um irmão. […] Tenho profunda gratidão por ele. Tivemos um excelente relacionamento. Fizemos planos. Parece que estávamos até namorando. Fizemos muitos planos para o Brasil na questão dos minérios”, disse Bolsonaro.
A fala foi motivada por uma pergunta sobre o recente aumento de tarifas sobre produtos brasileiros anunciado por Trump. Na semana passada, o governo norte-americano impôs uma taxação de 50% sobre determinados itens importados do Brasil.
Ao comentar o tema, Bolsonaro se disse contrário à medida e sugeriu que poderia ajudar a resolver o impasse comercial, caso tivesse liberdade para dialogar diretamente com o presidente dos Estados Unidos.
“Eu sou contra, seria contra o tarifaço. Meu filho Eduardo seria contra também. Mas temos um problema mais grave: se o Brasil continuar avançando à esquerda, com o Lula falando besteira o tempo todo, esse inconsequente, provocando os Estados Unidos… Essa taxa de 50% pode ser diminuída. Acho que tenho o poder de resolver esse assunto –parte dele– mas tenho que ter liberdade de conversar com Trump. No momento, nem passaporte eu tenho”, declarou.