Jantar no restaurante Vecchio Torino
Restaurante tem uma cozinha tradicional e seus preços são exorbitantes











Como fui convidado por minha esposa Gisela para um jantar de comemoração, onde eu quisesse ir, escolhi um restaurante que sempre admirei e já não ia há muitos anos, devido aos seus preços exorbitantes, o Vecchio Torino.
O restaurante é um clássico italiano em São Paulo e fica em Pinheiros, na Rua Tavares Cabral 119 (fone 3816-0592).
O proprietário e chef é o piemontês Giuseppe La Rosa. As sobremesas, em geral, ficam a cargo de sua esposa Manuela.
Eu já sabia que a rolha era cara neste restaurante, mas, ao reservar, perguntei para confirmar. Sim, a rolha custa R$ 130, isto é, não é mesmo para levar vinho, a menos que este custe um absurdo. O restaurante tem uma bela adega, que já visitei no passado.
A casa começou em 1994, numa época em que o dinheiro era mais fácil que hoje. Ele foi um sucesso de saída, graças a sua excelente qualidade.
Os tempos mudaram e, nesta noite, havia apenas 4 mesas ocupadas, uma delas por um grupo de nordestinos e nas outras por uma clientela cativa.
A decoração do local é variada com quadros de vários estilos.
Já na entrada, sentado a uma mesa, estava o dono e sua esposa, acompanhando atentamente o trabalho dos garçons, muito simpáticos e atenciosos.
O couvert simples, que custa R$ 12, é composto apenas por pão e manteiga, nada de especial.
Os pratos são caros e variam de valor, desde R$ 85 (o Risotto al Simone) até R$135 (o Fileto com Paté de Foie Gras).
Pedi o Tortelloni Alla Piemontese, uma deliciosa massa fresca com espinafre, recheio de pato, molho ao sugo e queijo Fontina. Custou R$ 93.
Outro prato pedido por minha esposa foi o Cansoncelli Bergamaschi al Burro e Salvia: massa fresca com recheio de lombo e alcatra, sálvia, biscoito de amaretto e uva passa, puxado na manteiga, por R$ 88.
Escolhi o vinho Bueno Sangiovese italiano que custou R$ 210, um preço que aliás está abaixo do oferecido no site da vinícola.
Conversei com o garçom sobre a descrição do rótulo do vinho que é meio estranha: diz que ele é feito em Montalcino e engarrafado em outro local. Não entendi por que ele não seria engarrafado no local de origem. Se ele fosse engarrafado em Montalcino poderia ser um Rosso de Montalcino.
O jantar transcorreu agradável, mas, na hora do café, achei absurdo que o Nespresso custasse R$ 11,90. A cápsula, em sua loja, custa por volta de R$ 2. Acho que neste nível de restaurante devia ter uma máquina com café em grãos de qualidade. Normalmente, só tomo Nespresso em casa.
A conta total ficou em R$ 531, com a gorjeta incluída de 12%, o que, para mim, apesar da qualidade dos pratos, é bem caro!
Na saída, conversei com Giuseppe e sua esposa e dei parabéns pela qualidade de seus pratos.
Foi aí que descobri que, apesar do chef ser um piemontês, ele prefere os vinhos franceses!
Giuseppe também não curte a culinária italiana atual da Itália.
Ele me disse que já não se cozinha mais como antigamente!
Apesar de o restaurante fazer pratos primorosos, não pretendo voltar tão cedo, pois acho os preços exagerados e a cozinha muito tradicional.