A história do craque Vilson Tadei
Coluna apresenta a história do ex-jogador de futebol e agora técnico, que nasceu na região e é ídolo do Rio Preto

No ano passado o Rio Preto Esporte Clube completou 100 anos de existência. O Diário da Região e toda imprensa deram um grande destaque no dia 21 de abril, data do aniversário. Mas nesta semana, no dia 22 de setembro, um grupo de torcedores resolveu fazer uma homenagem a um dos maiores craques da história do clube: Vilson Tadei. Eles fizeram uma camisa modelo retrô do clube, que ele vestiu em 1976, personalizada com seu autógrafo.
Tadei nasceu na vizinha Urupês, em 1954, e começou sua carreira no Jacaré, em 1971. Depois ele jogou no América, em 1972, mas voltou para o Rio Preto em 1973, fazendo parte do time campeão do Torneio Seletivo de 1973, que garantiu acesso ao Paulistinha. Ainda em 1973, foi emprestado a Penapolense, permanecendo até 1976, quando voltou para ao Rio Preto jogando muito, mas foi novamente emprestado em 1977 ao Barretos, ficando lá até 1978, quando despertou o interesse do São Paulo, que o levou no mesmo ano.
"Era um maestro, um virtuose da bola, que só cometeu um erro: chegou para o mundo do futebol antes dos craques se valorizarem na Europa", diz o cronista, escritor, jornalista e rio-pretense roxo José Luis Rey. Tadei, com seu fino futebol de meia criativo, ficou no São Paulo até 1980, quando se sagrou campeão paulista. Na sequência foi para o Coritiba e depois para o Grêmio de Porto Alegre, talvez seu melhor momento como jogador de futebol. Lá ele foi campeão gaúcho em 1980 e campeão brasileiro em 1981. Na sequência foi para o Santa Cruz de Recife, em 1982, e Guarani de Campinas, de 1982 a 1983.
Por ironia do destino foi parar no rival do Grêmio, o Internacional, onde sagrou-se novamente campeão gaúcho, em 1984. Depois teve uma rápida passagem pelo Vasco da Gama até rumar para o México, jogando até 1986 no bom time Monterrey, onde sagrou-se campeão mexicano. Na volta ao Brasil jogou no Botafogo de Ribeirão Preto, em 1987, no Taquaritinga, em 1988, e no Rio Preto novamente, em 1989. Seus últimos clubes como jogador foram o Jaboticabal, em 1990, e Jalesense, em 1991, quando iniciou sua carreira de técnico justamente no time que o revelou, o Rio Preto, sendo o treinador da equipe em inúmeras vezes.
Não caberia aqui a quantidade de times que Tadei foi treinador, mas hoje é ultra respeitado e reconhecido no meio, sagrando-se campeão paulista da segunda divisão com o Monte Azul, em 2004 e o Linense, em 2010. Hoje ele é técnico do Gama, do Distrito Federal e foi campeão invicto do Campeonato Candango de Futebol, em 2019. Um craque que leva o nome de Rio Preto para o mundo.