Escuta Ativa
Pesquisei sobre como desenvolver a escuta ativa e aqui vão dicas que fizeram sentido. O primeiro é oferecer nossa atenção e tempo, sem interrupções e distrações, termos paciência, interesse genuíno pelo que está sendo dito

Quando, pela primeira vez, ouvi sobre escuta ativa, nem escutei. Não percebi sobre o que realmente se tratava, não me conectei. É difícil ouvir, no cotidiano sempre corrido. Reuniões presenciais e online, pensar e fazer coisas ao mesmo tempo colaboram para a perda de foco. Ouvimos tudo e todos e não escutamos quase nada. É difícil darmos atenção genuína às pessoas e termos a necessária agilidade para resolver problemas que parecem conflitar com a habilidade da escuta. Se queremos crescer como indivíduos, como gestores e líderes, precisamos ter a mente aberta, sermos curiosos, mudarmos a rotina, treinarmos o cérebro para aprender, desenvolver a capacidade de nos reinventarmos e nos adaptar ao novo.
Se queremos desenvolver equipes com mentalidade de crescimento, precisamos impulsionar curiosidade, resiliência, colaboração, agilidade, criatividade, devemos atuar com empatia, criar um ambiente com segurança psicológica, diversidade e inclusão. Diversidade é representatividade e inclusão é o pertencimento, ambiente que permite às pessoas se sentirem seguras para se expressar, questionar, entrar em conflito, assumir riscos e expor vulnerabilidades. Para isso, o primeiro passo é ouvir. Escuta ativa é aquela que nos toca, que faz pensar, agir de forma rápida, simples e com excelência, que impulsiona atitudes corretas colaborando para o sucesso.
Pesquisei sobre como desenvolver a escuta ativa e aqui vão dicas que fizeram sentido. O primeiro é oferecer nossa atenção e tempo, sem interrupções e distrações, termos paciência, interesse genuíno pelo que está sendo dito. Então, no momento do diálogo, deixemos de lado o celular, redes sociais, e-mails e conversas paralelas para que consigamos ter foco no interlocutor, fazendo com que ele se sinta seguro e confie em nós durante a comunicação. Não sejamos seletivos ao ouvir o que o outro tem a dizer. Não adianta prestarmos atenção somente ao que ele diz sobre um ponto de nosso interesse. É desrespeitoso interceptar o pensamento do interlocutor. Devemos dar o tempo para que ele apresente e finalize o raciocínio. Coloquemo-nos no lugar do outro, a empatia é fundamental no processo de escuta ativa.
Tendo isso em mente, ao conversar com alguém tentemos entender quais foram as motivações, valores, necessidades e expectativas que o levaram a pensar e fazer as coisas. É difícil, mas necessário saber lidar com perspectivas e opiniões diferentes das nossas. Sendo assim, tenhamos cuidado para não julgar o outro com base nas nossas convicções. Ouçamos e observemos com atenção. A comunicação oral é a base da escuta ativa. No entanto, é preciso analisar também a linguagem não verbal. Tenhamos o cuidado de avaliar como o corpo se comporta, observemos as mãos, expressões faciais, se o corpo está tenso ou relaxado durante o diálogo. Por fim oferecemos feedbacks mostrando como as informações foram interpretadas, fazendo elogios, destacando pontos a desenvolver, construindo juntos os caminhos.
A escuta ativa, portanto, pode auxiliar na melhora das relações, no crescimento da equipe e da empresa, além do nosso próprio crescimento como indivíduos.
ADRIANA NEVES, Empresária em Rio Preto. Escreve quinzenalmente neste espaço às quintas-feiras