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Estudo prevê progressão do metaverso semelhante ao que foi a da tecnologia móvel

Na América Latina, atividades no metaverso devem movimentar 320 milhões de dólares em 2031, representando 5% do PIB

por Gabriel Vital
Publicado em 26/05/2022 às 00:51Atualizado em 26/05/2022 às 08:23
Avatares 3D: novidade anunciada pela Meta para pavimentar o caminho rumo ao metaverso (Divulgação/Meta)
Avatares 3D: novidade anunciada pela Meta para pavimentar o caminho rumo ao metaverso (Divulgação/Meta)
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Você ainda vai ouvir falar muito em metaverso. Mais do que isso: estará nele. Pelo menos é o que prevê um estudo realizado pela Analysis Group, uma das maiores consultorias econômicas do mundo. A projeção é de que as interações nesse mundo virtual, que replica a realidade por meio de dispositivos digitais, devem progredir assim como foi a tecnologia móvel. Ou seja: em um futuro não muito distante, ter um avatar no metaverso poderá ser tão comum quanto é ter um celular hoje.

O estudo também projeta o impacto que isso terá na economia global nos próximos anos. Em 2031, a expectativa é de que o metaverso esteja movimentando 3 trilhões de dólares por ano, o que deve representar 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta.

Na América Latina, segundo o relatório, intitulado "The Potential Global Economic Impact of the Metaverse", atividades relacionadas ao metaverso podem representar, até lá, 320 bilhões de dólares, uma fatia de 5% do PIB do continente. A tecnologia é a principal aposta da Meta — empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp — para os próximos anos.

"Ficamos surpresos ao ver que mais de 100 milhões de pessoas na América Latina estão usando efeitos de Realidade Aumentada todos os meses, o que é um reflexo da vibrante comunidade de criadores que existe na América Latina, com milhares deles usando Spark AR para desenvolver efeitos para Instagram e Facebook", afirmou o vice-presidente de Metaverso da Meta, Vishal Shah, em comunicado à imprensa.

 

Novidades

A empresa realiza, desde segunda-feira, 23, o Meta Summit Latam, série de eventos focados em inovação e criatividade no caminho para o metaverso. Uma das novidades já apresentadas para o Brasil, e também para a Argentina e Colômbia, foi a liberação dos Avatares 3D aos usuários do Instagram, Facebook e Messenger.

O recurso já havia sido lançado na América do Norte. Com ele, os usuários poderão criar seus próprios personagens para interagir no metaverso, personalizando detalhes da aparência, como corpo, rosto, cabelo e roupas.

"Não apenas a sua cultura deve estar presente no metaverso, mas também uma representação autêntica de você mesmo. Para isso, é preciso alguma forma de se expressar e se fazer presente. Os avatares são fundamentais para permitir isso", diz Maxine Williams, vice-presidente de Diversidade da Meta.

Dicas da Semana

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Foco no que importa

Manter o foco nas tarefas diárias pode ser um desafio diante da ampla variedade de distrações que o smartphone oferece. Estudo da empresa de análise de mercado digital App Annie indica que o brasileiro passou, em média, 5 horas por dia diante do celular em 2021. Para reduzir o uso e se tornar mais produtivo, o primeiro passo é conhecer seu perfil de usuário. A boa notícia é que alguns apps podem ajudar nesse processo. Confira a seguir.

StayFree

Este aplicativo é um rastreador de tempo de tela que ajuda a controlar o vício em celular por meio de alguns recursos, como limitador de uso de aplicativos, bloqueador de distrações e alertas quando o usuário excede os limites. A proposta é aumentar o bem-estar digital e reduzir o tempo perdido.

My Phone Time

Outro aplicativo que rastreia o tempo de uso do smartphone e cria alertas para lembrar o usuário de que está na hora de dar uma pausa. O app apresenta relatórios detalhados sobre o uso diário do dispositivo e permite que o usuário crie suas próprias metas para reduzir o tempo de tela.

ActionDash

A proposta do aplicativo é ajudar o usuário a manter o equilíbrio entre o celular e a vida, livrando-se do vício em tela. Um dos recursos é o “modo foco”, que pausa aplicativos que causam distração. O app também detecta automaticamente esses aplicativos que tiram o foco para alertar o usuário.

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Attractive young businesswoman working on the car with a cup of coffee and holding phone while going to the work. (Freepik/Banco de Imagens)
Attractive young businesswoman working on the car with a cup of coffee and holding phone while going to the work. (Freepik/Banco de Imagens)

Negócio de milhões

A Nubank, gigante das fintechs no Brasil, comunicou sua entrada no setor de criptomoedas, com o investimento de 1% do patrimônio da Nu Holdings em bitcoin, o que representa aproximadamente R$ 140 milhões. A fintech passará a oferecer a seus clientes a possibilidade de comprar bitcoin e ether — as duas maiores criptomoedas do mundo — na plataforma. O serviço já começou a ser oferecido de forma gradativa e a expectativa é de que toda a base tenha acesso a essa modalidade de investimento até o final de junho. Para a empresa, a entrada nesse mercado reforça o princípio de ampliar o acesso aos criptoativos e "eliminar a complexidade" dessas transações.

A conferir

A Netflix deve manter a posição de serviço de streaming mais popular pelo menos até o ano de 2026, segundo pesquisa da empresa de dados britânica Omdia. O levantamento, publicado pelo portal norte-americano Deadline, estima que, até 2026, a Netflix deve arrebanhar 260 milhões de assinantes em todo o mundo, contra 240 milhões do Disney+. O estudo revela que a Netflix ainda tem fôlego, mesmo após perder 200 mil assinantes no primeiro trimestre deste ano. Revela ainda que a Disney+, apesar de seu rápido crescimento, deve demorar para chegar ao topo.

Selfie contra golpes

A Uber anunciou, nesta semana, que passará a solicitar uma “selfie” (foto de rosto) aos que pedirem uma corrida com pagamento em dinheiro. A iniciativa tem o objetivo de evitar golpes e garantir mais seguranças aos motoristas. A ferramenta, chamada “U-selfie”, apenas registrará a imagem, que não será compartilhada com o motorista. Esse registro deve ficar nos servidores da empresa, à disposição das autoridades em caso de necessidade.

Varredura

O YouTube divulgou que já removeu 70 mil vídeos e suspendeu 9 mil canais relacionados à guerra na Ucrânia. Ao jornal britânico The Guardian, a empresa afirmou que as suspensões foram por conta da violação da política de "grandes eventos violentos". Entre os canais derrubados estão de jornalistas ligados ao presidente russo Vladmir Putin e contas associadas aos ministérios da Defesa e Relações Exteriores da Rússia.