Ouvir e anunciar
Durante as Festas de Reis as companhias visitam as casas, principalmente no interior do país, em preparação as festividades motivadas pelo mesmo anúncio feito há mais de dois mil anos aos Reis Magos que seguiram a Estrela de Belém. Todos os anos se organizam para celebrar uma tradição que chegou ao Brasil sendo incorporada a cultura popular, com vestes, cantos, danças e o grande encontro com o menino Jesus, o Salvador.
Em seu calendário a Igreja celebra todos os anos ao longo de uma semana a festa da Epifania do Senhor (do grego epifaneim, “manifestar”), que vêm desde os primórdios da fé cristã celebrando o mistério de Cristo Luz, sendo a manifestação luminosa de Jesus para todos os povos. Nesta festa rememoramos os magos que prostam-se diante dele, representando todos aqueles que o reconhecem.
Um ano foi e vem o novo, sempre repetimos que serão novas oportunidades, surgem sonhos e projetos que ampliam nossa expectativa pelos novos dias que vamos viver. Mas qual será o ritmo do seu ano novo? Muitas pessoas viram suas rotinas transformadas pela pandemia de Covid-19 que ainda nos assusta ao iniciar 2022.
"A pandemia afetou e feriu a todos e todos precisam ser ouvidos e consolados. Ouvir é fundamental para uma boa informação. A busca da verdade começa com a escuta. O mesmo acontece com o testemunho através dos meios de comunicação social. Todo diálogo, toda relação começa com a escuta. Por isso, para crescer, mesmo profissionalmente, como comunicadores, é preciso reaprender a ouvir muito."
"Escutai!" Será o tema da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2022 que será divulgada em ainda no mês de janeiro. Reaprender a ouvir é o convite, conforme a nota divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Em suas últimas mensagens para este dia, o Papa, propõe uma importante reflexão, em 2021, a mensagem era focada no ir e ver, desta vez somos convidados a ouvir.
Destacando o humano em meio ao processo tecnológico, Francisco aborda a importância e a necessidade do diálogo. Seja para os profissionais da comunicação, para toda a sociedade, desde as famílias, em seus relacionamentos, pais e filhos, entre casais, colegas de trabalho, o diálogo é fundamental.
Os magos ofereceram a Jesus ouro, incenso e mirra, depois se retiraram, mas tiveram um importante papel em reconhecer os sinais, principalmente a Luz e ouvir tudo o que acontecia para bem anunciar. O que vamos anunciar hoje? Se pouco paramos para ouvir e entender o próximo.
Que possamos construir no ano novo ainda mais espaços para o diálogo, onde seja possível acolher e ouvir os inúmeros clamores de nosso povo hoje. Como o Papa Francisco nos pede, "Escutai!". Os magos e os pastores foram aqueles que visitaram o menino Jesus e espalharam a boa notícia, agora é preciso estar prontos para ouvir e anunciar.
Vitor Inácio Fernandes da Silva – assessor de Comunicação da Diocese de Jales
Doar sangue
Mais do que um ato de cidadania, a doação de sangue representa uma necessidade social que deve ser constantemente repensada e refletida por todos, globalmente. Simbolizando altruísmo e benevolência, se resume em uma ação que reflete ética e responsabilidade individuais e coletivas.
O círculo virtuoso da doação de sangue gera satisfação pessoal, sensação de utilidade, bem-estar social, dever cumprido, aumento de autoestima, reconhecimento, evolução emocional, entre muitas outras oportunidades de bem-estar psíquico. E torna-se muito frágil diante das mais variadas interferências, tanto externas (como clima, período de férias, pandemias, crises sociais e econômicas), quanto internas (revoltas temporárias, perdas, compromissos inadiáveis ou adiáveis, astenia, entre outras).
Porém, tal necessidade existe sempre, constantemente, imensamente e intensamente, e o contingente de pessoas impelidas a doar, tão necessário, se mostra insuficiente, globalmente e localmente. São recorrentes e verídicas as informações de que os estoques de sangue de qualquer hemocentro estejam abaixo do ideal ou até do mínimo necessário para garantir a sobrevivência de pacientes em situações de necessidade transfusional, tanto agudas (como traumas, acidentes, cirurgias, sangramentos), quanto dos que dependem de transfusões regulares para sobreviver, como anêmicos, talassêmicos, falciformes, aplásicos, displásicos, oncológicos, dentre outros.
O doador ideal é aquele que detém as características de vontade incondicional de ajudar uma pessoa desconhecida, pelo simples fato de ajudar. Aquele que se sente na obrigação de tornar esse ato constante, periódico, perene!
José Francisco Comenalli Marques Júnior – hematologista e vice-presidente da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular)
Vacina
Sobre a notícia de que a Anvisa aprova uso de insumo da Fiocruz e Brasil terá primeira vacina anticovid 100% nacional, em miúdos: apesar dos cortes em ciência e tecnologia, pelo governo federal, nossos pesquisadores, centros de pesquisas e universidades públicas seguem produzindo saber a serviço do país. Isso sim é nacionalismo.
Gustavo Dias – via Facebook
Pandemia
Ainda bem que não vai ter carnaval, porque só com as festas de final de ano aumentou tudo de novo. Agora, eu me pergunto porque têm tantas pessoas que não tomaram a segunda dose e a terceira (de reforço). Será que essas pessoas não estão com medo de morrer ou não estão confiando nas vacinas. Gente, faz as coisas certas para acabar logo esse vírus!
Maria Carnielo – via Facebook