Favela
Ao ler o editorial do Diário intitulado “A semente”, publicado no dia 2 de junho, fiquei extremamente feliz. Tamanha a transparência e veracidade, descrito com extrema destreza e discernimento dos fatos, visando o objetivo principal de levar a informação aos leitores da jornada da favela Vila Itália até a Comunidade Marte.
A prefeitura de Rio Preto tentou inúmeras vezes despejar os moradores. Graças à Defensoria Pública e ao trabalho social desenvolvido pelo Valquírias World e da ONG Gerando Falcões. A iniciativa privada também teve um papel fundamental e nada será de graça. Os novos moradores terão que pagar pelas suas novas moradias, até água, luz e os tributos municipais. Um filme passou pela minha cabeça, assim como a História que não foi contada.
Uma instruída professora convida um engenheiro, que seria coordenado por um honrado homem, que circulava com um gol branco “castigado” com o capô preto para implantar uma mini biblioteca na favela. Após visita ao local e o aval da ex-coordenadora da favela, iniciaram os trabalhos. Rapidamente, um contêiner com prateleiras e placas de madeira de fórmica para a confecção das mesas, foram gentilmente cedidas por um empresário bem-sucedido no ramo de montagem de layout de farmácias pelo Brasil afora.
Outro empresário, líder do mercado em matérias e acessórios para construção civil, se prontificou ao fornecimento de todo material necessário, até para a construção de um banheiro.
Até a coleção inteira e em impecável estado de conservação dos livros da Turma da Mônica chegaram. Naquela época o ar exilava pólvora e as brigas entre grupos rivais na favela, prós e contra, eram constantes. O aviso para retirada final foi dado pelos traficantes que controlavam duas bocas de fumo. Desolado e com os olhos úmidos, o engenheiro desiste. Amplamente amparado pelo seu coordenador, que lhe disse: “fizemos o possível e a semente já foi plantada”. Todos colaboradores simples, que dispensam holofotes e aplausos e muito menos votos.
A charge “barraco no chão para resgatar a dignidade”, logo abaixo do editorial, finaliza o meu texto porque para um bom entendedor, até uma foto basta. Parabéns aos políticos e à Prefeitura de Rio Preto.
Rogério Roversi Martins, Rio Preto
Verdades
Certos fatos têm que ser mostrados, pois a mídia (“aquela”) não faz isto rotineiramente. O motivo é que foge ao seus interesses.
Recente entrevista de Bolsonaro ao repórter Tucher Carlson, da maior rede de televisão de notícias dos Estados Unidos, a Fox News, teve uma repercussão impressionante no mundo a favor de Bolsonaro.
Ocorre que quando os brasileiros escrevem suas mensagens para mandar para seus contatos a respeito da tal entrevista, em outros países, no momento de traduzir do português para o inglês, se for colocada o nome Bolsonaro o texto volta para português, porém qualquer outro nome que for colocado o texto, é traduzido para o inglês.
O Brasil honesto e democrático quer saber onde estão os onze presidentes que não comentam, principalmente um deles que diz que qualquer ocorrência em relação ao virtual será investigada e punida. Cuidado, o Brasil não é mais dos desavisados. Qualquer desvio da democracia pode resultar em acontecimentos desagradáveis. Não somos boiada que pode ser levada de um lado para outro ao bel prazer de alguns.
Marcos Reis, Rio Preto
Eficiência e eficácia
Observando e eficiência e eficácia da Câmara de Vereadores para aprovarem seu próprio aumento salarial e aos demais funcionários da Prefeitura, deveríamos nos orgulhar da eficiência e eficácia desta mobilização dos ilustres vereadores. Tão voluntariosa foi esta demanda que até a Constituição Federal não foi páreo para desestimular aprovação de lei em desacordo com a legalidade do voto.
Será que este mesmo espírito, Eficiente e Eficaz, não poderia também ser utilizado para as demais ações dos vereadores que facilitariam a vida dos rio-pretenses? Será que a população acredita que estes nobres membros do poder público realmente devolvem aos cidadãos serviços públicos dignos e proporcionais os salários e benefícios que recebem dos rio-pretenses? Os rio-pretenses concordam com estes aumentos de salários e benefícios, considerando a intensidade da crise sanitária e social que nação atravessa? A esperança dos rio-pretenses depositada nas urnas será honrada com o autobenefício ou está morrendo dia a dia a cada secção desta casa?
Bom, a nossa memória será o guia para as próximas eleições e a história, espero, registrará corretamente este período. Acho que este comportamento do destes políticos, uma demonstração do melhor do pior exemplo.
Walter H. Bernardelli, Rio Preto
Datas especiais
Corinthians: dez anos da Libertadores. 4 de julho. Aniversário da minha cidade natal, Tanabi. Cento e quarenta anos. Tanabi foi fundada por um índio, Joaquim Chico. O nome da cidade é de origem tupi guarani e quer dizer, Rio das Borboletas. Acho demais.
Embora não resida mais lá, sei bem o que continua acontecendo nessa data. Dia de festa, desfile com carros alegóricos, festa do Peão, banda na praça da igreja e baile no principal clube da cidade, o Tangarás.
Tangará, é um pássaro. Pássaro dançarino. Hoje é quatro de julho. Também aniversário da conquista da Libertadores, pelo todo poderosos Timão. Faz dez anos, que nosso gavião, também pássaro dançarino, sapecou um samba paulistano no tango argentino.
Hoje é dia de comemorações. Dos tanabienses e da nação corintiana. Dia de relembrarmos a tensão que antecedeu nossa conquista. Dia de rememorarmos a alegria da vitória, em solo pátrio. São Paulo, explodiu em festa.
A periferia paulistana engalanou-se. Da capital, aos rincões mais distantes do nosso estado, país e até fora dele, era pura festa. E ganhar de los hermanos, não tem preço. Seja lá ou aqui. Salve salve Tanabi! Salve salve o Corinthians!
Merli Diniz, Rio Preto