Equilíbrio
Inicio esse texto com uma questão que já não é novidade alguma para todos nós. O tempo parece “andar” depressa demais e a sensação que nos acomete é que não conseguiremos realizar todos os compromissos estabelecidos. Você meu estimado leitor e querida leitora, já deve ter ido num circo onde o malabarista girava diversos pratos equilibrados numa haste sobre uma corda esticada. No fim, aquele prato rodopiando meio bambo e o outro quase caindo era seguro pelo malabarista que recebia os aplausos dos espectadores ansiosos. Trouxe esse evento para a vida atual.
Não é raro corrermos para diversos lados em busca de não deixar de cumprir as tarefas. Comparo-as com os pratos. Se caírem ficaremos frustrados e às vezes, até sentiremos culpa. Hoje, pessoalmente, deixo algum prato cair e quebrar. E isso é até bom, tipo aquela roupa que já quase nem uso mais, mas está lá no ocupando espaço no meu guarda-roupa. Outros pratos poderão cair e serem remendados. Seriam as adequações de algumas metas. Por fim, com alguns pratos, necessito dispensar um esforço suficiente para não desabar. São as prioridades. Ainda sim, alguns cairão, apesar do meu malabarismo. São situações imprevisíveis que não temos controle algum.
Cada indivíduo tem uma quantidade de pratos diferentes. Muitas vezes, podemos escolher essa quantidade. A ideal é uma variável que depende de diversos fatos tais como família, trabalho, lazer...e do período da vida que estamos vivenciando. O autoconhecimento (destaco também a resiliência),poderão te ajudar nessa difícil equação.
Quantos pratos realmente necessários você vem equilibrando nesse atual momento?
Rogério Roversi Martins, Rio Preto
B de burocracia
O Brasil é um dos países que mais paga imposto no mundo. Nosso sistema tributário é quase uma chacota internacional. Burocrático, lento e caro. Nossa carga tributária está muito próxima da de países, como Áustria e Bélgica, ambos superdesenvolvidos, com ótimo sistema educacional, bons serviços de segurança e saúde. Muito diferentes daqui. É desproporcional.
A taxa tributária média do Brasil é de 34%, o que nos leva ao 4º lugar no ranking de países com a mais elevada carga tributária sobre empresas, ficando atrás apenas de Índia, Malta e Congo. Mas isso não é o pior: nosso país também possui uma das maiores tributações em relação à folha de pagamento, o que é péssimo, ainda mais levando em conta a taxa de desemprego.
Aumentar a taxação de quem cria empregos não é uma ideia muito sábia. Para as empresas e os trabalhadores brasileiros, custa em média cinco meses por ano apenas para pagar os tributos. Enquanto isso, a qualidade dos serviços oferecidos à população deixa muito a desejar. Sei que é essa pergunta é um clichê, mas não custa questionar: para onde vai o dinheiro dos nossos impostos?
Enquanto isso, os problemas se acumulam. Principalmente nas grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, há falta de sistema de segurança efetivo, a saúde está sucateada e sobrecarregada e a educação segue ainda em pior estado. Estamos em 2022 e estima-se que mais de 35 milhões de brasileiros vivem sem saneamento básico. O volume de investimentos do setor público em infraestrutura é muito inferior ao da iniciativa privada.
Não é novidade, mas também temos um sério problema de distribuição de renda e alocação de recursos. São Paulo, o estado mais rico do país, tem renda per capita de R$ 48 mil, enquanto o Maranhão, um dos estados mais pobres da nação, tem renda de média de R$ 14 mil por habitante.
Também há a questão da assimetria em relação aos salários de servidores municipais, estaduais e federais. Enquanto os municipais têm média salarial de R$ 2,9 mil, os estaduais e federais recebem R$ 5 mil e R$ 9 mil, respectivamente. Ou seja, os estaduais recebem o dobro dos municipais e os federais, o dobro dos estaduais. Tremenda discrepância e sem sentido.
No Brasil com B de burocracia, contribuímos muito e temos pouco retorno. Nossa realidade consiste em muita desigualdade social. Claro, é possível mudar. Mas basta saber se aqueles que fazem as leis querem que mude. Não parece.
Antonio Tuccilio - presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP)
Monarquia
Parabenizo o Diário da Região e a jornalista Luciana Vinha pela importante matéria intitulada "O príncipe, o diário e a guerra" (Diário 29/6/2022).
A pesar do tempo, a memória do período monárquico do Brasil, ainda se faz presente do nosso ideário, não só dos historiadores e intelectuais, mas também de uma grande parte dos brasileiros.
A restauração da Monarquia como regime político, poderia ser uma forma alternativa para a solução política, econômica e social do Brasil.
Emanuel Pedro Tauyr, Rio Preto
Represa
Quem passa pelo nosso cartão postal, que é a Represa Municipal – dividida em lago 1, 2 e 3 – fica deslumbrado com sua beleza, mas ledo engano. Nossa Represa Municipal está toda assoreada e não segura água nenhuma na época chuvosa. Sempre será o nível que está. Basta um sol mais quente para secar toda a água em volta da passarela.
Cadê o desassoreamento de nossa represa? Só beleza não leva águas para as torneiras. E, falando em represa, na época que foi instalada a fonte luminosa no lago 1, esta seria a segunda maior do Brasil, com águas dançantes. Na época, uma fortuna, hoje está a Deus dará? Afinal, gastaram uma fortuna para virar ancoradouro de pássaros e outros. Aquele avião exposto da FAB no lago 2 está apodrecendo ao relento e virou um verdadeiro pombal. Quem sabe quando mudar o traçado da linhas férreas o mandatário que estiver faça esse trem caipira rodar todos os dias. Eita, trem.
Aparicio Guilherme Queiroz, Rio Preto