Dança do tempo
Como era esperado, e há séculos acontece, veio o natal e vieram as festas de recepção ao ano novo. Entrou, teoricamente um 2022, arrancado do futuro e se foi o outro, 2021) transferido para o passado, apenas passando a constar de um calendário vencido. É a dança do tempo em seu ritmo imutável. Foi virada a ampulheta e os grãos de areia reiniciaram seu imutável ciclo. Na antiga clepsidra, eram gotas d’água, num idêntico e natural processo regido pela lei da gravidade.
Pois bem. Estamos em 2022. Lembro-me da premissa que afirmava que a um mil se vai chegar, mas de dois mil não passará. Passou. E como passou e para muitos, foi fatal.
A natureza é submetida a leis rígidas e uma delas diz: todo ser vivo nasce, cresce, se reproduz e morre. Da mesma forma acontece com a gravidade, sua segunda eterna companheira, que, juntas, imperam há milhões de anos. Ambas fazem com que o caulículo vegetal se dirija para cima (geotropismo positivo) e a radícula para baixo(geotropismo negativo) e deste simples processo o planeta foi coberto pelo verde e se encheu de sementes que cumprem fielmente seus objetivos da perpetuidade da vida.
A água veio se juntar a estas duas leis e o trio, como tudo acontece no planeta, transformou a Terra num único, por enquanto, planeta que ostenta a vida como a conhecemos no Sistema Solar. O polo positivo e o negativo e a água, praticamente neutra, em forma de vapor, sólido e líquido se associaram. Nasceu um processo magnífico, digno de um Criador perfeito e que faz a Natureza se transformar como que pela ação da varinha mágica das fadas e duendes.
É assim que o tempo ‘passa’ e nada passa, mas sim se modifica. Um grão de areia que é carregado pela força de uma correnteza, mesmo de um riacho, nunca será igual ao metro anterior de seu caminho. Vai se transformar, vai ser polido, arredondado, vai perder as arestas e ao final se converterá num infinito grão de quartzo ou mesmo de outro mineral, demonstrando o que Lavoisier disse: “Nada se cria, tudo se transforma”.
E o ano de 2021 se transformou em 2022 e assim eternamente será, Assim como o ano mil se tornou em dois mil esta dança, representada pela matemática humana, jamais deixará de acontecer no eterno ciclo do tempo que existe na mente humana, mas não existe na prática efetiva, a não ser no campo da Física teórica, e se torna, ao mesmo tempo, num paradoxo antigo e num ‘tempo’ novo.
Antonio Caprio, Tanabi
Opulência da Verdade
No começo dessa semana, uma consulta pública arquitetada pelo Ministério da Saúde visando a discussão acerca da aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças teve resultados adversos aos esperados pelo governo federal. A maioria dos presentes foi contra a exigência de receita médica para a aplicação do imunizante, exigência esta defendida pela pasta, uma forma de reiterar a ideia governista de ineficiência vacinal. Essa é mais uma das derrotas do governo na batalha contra a realidade. A verdade sempre foi inimiga dos poderosos. O obscurantismo, seu maior aliado.
No século XIX, um dos maiores dramaturgos da história, o alemão Johann Wolfgang von Goethe, publicou a sua mais célebre obra, a tragédia de Fausto. Na peça, Fausto, em busca do absoluto, faz um acordo com um demônio que tinha subido à Terra em busca de sua alma. Mefistófeles, o demônio, que era a representação mais pura da vilania, em uma das mais famosas passagens da peça, afirma: “Eu sou o espírito que tudo nega! E assim é, pois tudo o que existe merece perecer miseravelmente”.
Goethe, com toda a genialidade que lhe é oportunamente atribuída, faz uma crítica a todos que negam a verdade, principal objeto de estudo da ciência, comparando estes a um ser vil, atribuindo assertivamente a eles caráter mefistofélico.
Negar tudo o que existe, e com isso, portanto, tudo o que surge, desejando seu perecimento é o passaporte de entrada para o caminho do obscurantismo. Esta é a interpretação de vários estudiosos da obra de Goethe, mostrando-se claro que a negação da verdade é condenada desde os séculos passados, nos quais a informação ainda era tão rarefeita.
É evidente, e totalmente compreensível, que nasçam dúvidas em um mundo inundado por informações de todos os cantos. Mas é fato, também, de que a realidade é a realidade, e nada que possamos fazer pode mudar isso, felizmente. O avanço científico tem trazido consigo incontáveis benefícios em tempo recorde. Negar a eficiência da vacinação pelo fato do imunizante ter sido desenvolvido de forma célere é desejar que ciência permaneça no campo da obsolescência.
Mas não podemos esquecer que, em tempos de tão densa informação, nascemos sem saber de nada e morreremos sabendo de menos ainda. Assim, da mesma forma que Mefistófeles foi derrotado na obra de Goethe, e a alma de Fausto livrada de seu domínio, a história ceifará os que se opuseram à verdade, e suas descrenças não passarão de renegados cadáveres ideológicos.
Pedro Nimer Neto, Rio Preto
Cancelamento
Sobre a informação do Diário de que a prefeitura de São Paulo decidiu cancelar o carnaval de rua deste ano, tem que cancelar tudo! Nenhuma festa mais… depois ficam aí de ‘mimimi’, reclamando do atendimento nas unidades de saúde, reclamando quando fecha tudo, não respeitam as famílias que perderam alguém. Enfim, a hipocrisia.
Gisele Sassa – via Facebook
Cancelamento-2
Shows, festas... todo mundo sem máscara. Infelizmente era o esperado.
Que possamos passar por mais esse momento com a proteção do nosso Senhor.
Thais Rezende – via Facebook
Vacina
Foram contra quando começaram vacinar os adolescentes contra a Covid, mas Deus é maravilhoso. A vacina fez com que eles pudessem agora encontrar com amigos e frequentar a escola sem medo .Graças à vacina.
Irma Bertelli – via Facebook