Diário da Região
CARTAS DO LEITOR

Armas matam!

por Usuário não informado
Publicado em 27/01/2022 às 23:24Atualizado em 28/01/2022 às 08:26
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Armas matam, sim! Todas! Brancas (principalmente facas), venenos, estrangulamentos, quedas, espancamentos, etc.

Agora, vamos culpar a arma de fogo? Creio que as pessoas que tencionam matar, principalmente companheiros (as) preferem o “não barulho” da espoleta.

Dessa forma e sem radicalismo, será que possuir uma arma de fogo irá acender a vontade de matar sua ou seu companheiro? Não comungo com homicídios, feminicídios ou algo do gênero. A vida não deve ser retirada!

Dispomos de tantas armas que as de fogo somente se aplicam na mídia, acredito eu, porque a política exercida por todos se fez florescer!

Armas de fogo podem salvar vidas e também ocupam espaço no esporte.

Acho interessante as pessoas observarem números, muitas vezes de origem duvidosa ou claro, já declarados anti-…..!

Obviamente sou a favor da frase : Arma deve ser portada por pessoas qualificadas, preparadas para o uso da arma. Pergunta: qual arma?

Sim, a de fogo é mais fácil de ser disparada, mas gera barulho, gasto, papéis para possuí-la (pessoas que compram armas regulamentadas). Penso, uma faca não seria mais barato, fácil (sem barulho e à disposição de todos) do que uma arma de fogo?

Vamos agora incriminar a arma de fogo pela morte de alguém? O problema (como diz o ditado) está nela ou atrás dela?

Esclareço antes que possam perguntar, sou CAC (colecionador e atirador) há mais de 15 anos. Possuo algumas armas. Não ando armado, abro exceção quando estou no trajeto para ir ao clube de tiro (permitido por lei). Fiz vários cursos teóricos e práticos sobre armas de fogo. Ahhh, Infelizmente meu porte se limita a minha casa, clínica e trajeto aos clubes de tiros ou de campeonatos. Solicitei o porte de arma, com vários argumentos que considero plausíveis e foi negado! Enfim, armas matam... todas!

Paulo Togni, Rio Preto

Voos

A respeito da notícia de que a Latam cancelou 12 voos no Aeroporto de Rio Preto devido ao aumento de casos de Covid e gripe, conforme informado pelo Diário, não é isso que percebi. Pelo que testemunhei, a empresa está pegando voos não lotados, remanejando para outros até lotar. Resumindo, ao invés de fazer 10 voos com ocupação pela metade, as empresas têm feito 6 ou 7 apenas e lotados. Aumentam a aglomeração e alegam que cancelam.voos por causa da Covid.

Valdinei Fernandes – via Facebook

Multas

Sobre a notícia de que Rio Preto registrou uma multa de trânsito a cada três minutos em 2021, acho pouco ainda. Tinha que multar mais. De cada 3 motoristas, 2 dirigem falando ao celular, sem dizer a falta de respeito e educação da maioria.

Marcia Rici – via Facebook

Desejo de paz

Penso que no estágio que atingiu a globalização dificilmente teremos um mundo mais humano, a não ser que haja uma orientação geral, em vista de se obter a paz. Mas será que a paz é o objetivo maior das lideranças que governam o mundo neste momento? Sabemos que o desejo de paz está no coração humano, mas a guerra é desejada e promovida por muitos interesses escondidos.

Mesmo diante da máxima cunhada por um dos impérios mais violentos da história, o Império Romano (Si vis pacem para belum – se queres a paz prepare a guerra), a humanidade deseja a paz, e reconhece o esforço de pessoas que trabalham na sua construção. Atingimos um progresso fantástico com inúmeros avanços mas não há um rumo comum para direcionar o futuro. Qual seria esse rumo comum? A paz! É sempre a justiça, busca do bem comum, da dignidade da pessoa humana. Sem isto não há paz.

Durante décadas, pareceu que o mundo tinha aprendido, com tantas guerras e fracassos. Lentamente ia caminhando para a integração e união. Mas a história dá sinais de regressão. Reacendem-se conflitos, ressentimentos e agressividades. Hoje a paz está ameaçada. Precisamos mais que nunca promover a cultura do encontro e dizer não à cultura do confronto.

O Papa Francisco afirma que os conflitos locais e o desinteresse pelo bem comum, são instrumentalizados pela economia global, para impor um modelo cultural único. “Encontramo-nos mais sozinhos do que nunca neste mundo massificado, que privilegia os interesses individuais e debilita a dimensão comunitária da existência” (FT 12).

Neste contexto, a mensagem do Evangelho brilha com novo esplendor em nossos dias. Jesus proclama felizes os construtores da paz “porque serão chamados filhos de Deus”(Mt 5,9). Assim Jesus nos garante que a causa da paz é uma causa de Deus. O apóstolo Paulo ensina que o verdadeiro Deus é Deus da paz (1 Cor 14,33) e ainda escreve: “Cristo é a nossa paz”(Ef 2,14). São Tiago na sua carta afirma que a sociedade regida com a sabedoria de Deus é pacífica: “De fato, para os que trabalham pela paz, um fruto de justiça é semeado pacificamente”(Tg 3, 18).

A maneira de preservar e promover a paz é sempre o diálogo, a cooperação mútua entre as pessoas e os povos, o esforço em aparar as arestas que podem gerar conflitos insolúveis. John Kennedy disse: “A humanidade deve por fim à guerra, ou a guerra porá fim à humanidade”. E isto mais que nunca é verdade, dado ao poder letal das armas sofisticadas, com alto poder de destruição existentes hoje.

Permitam-me terminar esta reflexão citando parte do célebre discurso do papa São Paulo VI proferido na Organização das Nações Unidas (ONU) em 4/10/1965: “Nunca mais a guerra! A paz, a paz deve guiar o destino dos povos e da humanidade toda! Se quereis ser irmãos, deixai cair as armas de vossas mãos. Não se pode amar com armas ofensivas em punho”

“A paz terrena, nascida do amor do próximo, é imagem e efeito da paz de Cristo, vinda do Pai”, é o que afirma o Vaticano II (cf. GS 78). Só quem tem Deus no coração portanto, pode promover a paz. A guerra é instrumento deste mundo material que passa. A paz é atributo do mundo futuro, a eternidade, que não terá fim.

Trabalhemos pela paz, vencendo o mal fazendo o bem.

Dom Pedro Cipollini – bispo de Santo André (SP)