CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO LATIFE
Prédio acompanhou o avanço da cidade rumo a uma nova fase arquitetônica, definindo a nova silhueta do Centro de Rio Preto

A partir do meio da década de 1950, Rio Preto entra definitivamente na era da verticalização, com o surgimento de muitos “arranha-céus”. Lembrando que, até 1940, a cidade ainda não tinha nenhum edifício, mas muitos sobrados, que foram surgindo a partir do final da década de 1920 com o “boom” do café na cidade. Os primeiros são do final da década de 1930 e eram de no máximo cinco andares.
O primeiro foi o Caramurú, inaugurado em dezembro de 1939. O segundo foi Edifício Zini, do histórico Cine Rio Preto, na rua Bernardino de Campos, de frente para a Praça Rui Barbosa, inaugurado em dezembro 1940.
O mais ousado para a época foi o Edifício Curti (Cine e Hotel São Paulo), na rua Bernardino de Campos, esquina com a rua Silva Jardim, inaugurado em janeiro de 1941. Outros pequenos prédios antigos do centro são os edifícios Cury, Jorge Cury, Arroyo, Santo Ivo, Letícia (Hotel Metrópole) e o Edifício Sta. Maria Dr. Lino Braile, entre muitos. No final da década de 1950, começam a ser construídos os primeiros “arranha-céus” da cidade.
O primeiro foi o Edifício Demonte, onde funcionou o Grande Hotel e o Hotel Chamonix por muitos anos, na rua Bernardino de Campos, entre as ruas Silva Jardim e Jorge Tibiriçá. Na sequência vieram o Edifício Braga, na esquina da rua Bernardino com a rua Rubião Júnior; o Edifício João Bassitt, mais conhecido “Galeria Bassitt”; o Edifício Ipesp, na esquina da rua Voluntários de São Paulo com a rua Siqueira Campos, inaugurado em 19 de julho de 1960.
Outros prédios antigos da cidade são o Edifício Maria Celeste, na esquina da rua XV de Novembro com a rua Saldanha Marinho; Edifício Ione, na rua Bernardino de Campos, esquina coma a rua Delegado Pinto de Toledo; o Edifício Bady Bassitt, na rua Voluntários de São Paulo, entre as ruas Rubião Júnior e Saldanha Marinho e o Edifício Comendador Alberto Bonfiglioli, também na rua Bernardino, entre Silva Jardim e Jorge Tibiriçá, entre outros. Outro que começou a ser construído em 1962 foi o edifício Latife, na rua Voluntários de São Paulo número 3049, quase de frente para o edifício Automóvel Clube.
O fotógrafo Jaime Colagiovanni, como sempre, acompanhou a evolução da sua construção. Na esquina com a rua Jorge Tibiriçá ficava o posto de gasolina e pneus Dunlop Gorayeb & Cia, que depois virou a Bonboniére Maracélia e outros comércios. O prédio foi derrubado há alguns anos e hoje abriga uma grande loja de departamentos de São Paulo. Os sobrados ao seu lado ainda resistem ao tempo. Já ao lado esquerdo do prédio, infelizmente, só sobrou o prédio da Acirp. É o progresso...