AS AGÊNCIAS BANCÁRIAS DA CIDADE (I)
Instalação da Comarca deu o primeiro grande impulso ao desenvolvimento econômico de Rio Preto e começou a alavancar e diversificar a abertura de agências bancárias na região central

A partir de 1904, com a instalação da Comarca de Rio Preto, a parte financeira e econômica da cidade explodiu. Surgiu o primeiro jornal, O Porvir, o primeiro Cartório, Fórum, muitas Casas de Saúde e agências bancárias.
Tudo chegou na cidade, literalmente. Já no início da segunda década do século 20, tínhamos várias agências bancárias, entre elas, a do Banco Comercial do Estado de São Paulo, que construiu sua primeira sede na esquina da rua Antônio Olympio (hoje Voluntários de São Paulo) com a rua Jorge Tibiriçá, endereço antigamente designado como Praça Ruy Barbosa, número 13, no Centro da cidade.
Primeiramente, foi levantado um prédio térreo, estilo clássico, muito bonito. Temos uma foto da fachada no Álbum Ilustrado da Comarca, de 1927-1929, com toda a diretoria e funcionários na frente.
Posteriormente, o prédio foi demolido e no lugar foi levantado um novo, com dois andares (que infelizmente também já foi ao chão), para a construção do edifício Clipper. Outro que tinha um belo prédio era o Banco Comércio e Indústria de São Paulo (Comind), na rua Bernardino de Campos, entre as ruas Tiradentes e Prudente de Morais, de frente para a Praça Dom José Marcondes. Era o único prédio da cidade projetado pelo histórico arquiteto Ramos de Azevedo, autor, dentre outros, do prédio do Teatro e do Mercado Municipal de São Paulo. Aliás, a rua Bernardino de Campos tinha muitas agências bancárias, como a do Banco do Brasil, na esquina coma rua Jorge Tibiriçá, onde hoje é a Loja Riachuelo, o Banco Brasileiro de Descontos (Bradesco), também na esquina com a rua Jorge Tibiriçá, de frente para o Banco do Brasil.
O banco também tinha na Bernardino uma filial, entre as ruas Marechal Deodoro e Silva Jardim, ao lado do Edifício João Bassitt (Galeria Bassitt). Outro bem antigo na rua era o Banco Francês e Italiano, de frente para a Igreja Matriz. O prédio, hoje, ainda conserva sua arquitetura original.
Um pouco à frente na rua tínhamos mais três agências bancárias: o Banco de São Paulo, na esquina cm a rua Siqueira Campos que, posteriormente, virou o Banco Econômico; o Banco Mercantil de São Paulo (Bamerindus), entre as ruas Siqueira Campos e Tiradentes; e o Banco Paulista do Comércio, na esquina com a rua Prudente de Morais, entre outros.
Outras agências bancárias da cidade foram o Banco Novo Mundo, o Banco de Crédito Real de Minas Gerais e o Banco Econômico, todos na rua Siqueira Campos, de frente ao Clube Monte Líbano; e o Banco Auxiliar de São Paulo, na rua Voluntários de São Paulo, de frente para a Praça Ruy Barbosa.