Diário da Região
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Fogos de Artifício

por 1º Ten PM Luciana Veríssimo dos Santos
Publicado há 3 horasAtualizado há 2 horas
Fogos de Artifício (Lézio Jr.)
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Fogos de Artifício (Lézio Jr.)
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A chegada do fim de ano traz um clima de renovação e alegria, traduzido muitas vezes pelos espetáculos de luzes que colorem o céu. O uso de fogos de artifício é uma tradição enraizada em nossas celebrações, mas é fundamental lembrar que esses artefatos, embora festivos, são explosivos que exigem responsabilidade. O que deveria ser um momento de admiração pode rapidamente se tornar um cenário de tragédia se ignorarmos medidas básicas de prevenção. A segurança deve ser o alicerce de qualquer comemoração, garantindo que o brilho da festa não seja ofuscado por acidentes evitáveis.

A prevenção começa muito antes do momento do disparo, ainda no ato da compra. É essencial adquirir esses produtos apenas em estabelecimentos devidamente autorizados e fiscalizados. Ao escolher o material, a atenção deve estar voltada para a embalagem: verifique se o produto possui o selo de certificação do Inmetro. Esse selo garante que o artefato passou por testes rigorosos de qualidade e segurança, respeitando as normas técnicas brasileiras. Produtos clandestinos ou de fabricação artesanal são extremamente perigosos, pois não possuem controle de estabilidade e podem detonar de forma imprevisível. Ler as instruções do fabricante, que obrigatoriamente devem estar em português, é o primeiro passo para um manuseio consciente.

No momento da utilização, o local escolhido faz toda a diferença. Fogos de artifício devem ser manuseados exclusivamente em áreas abertas, longe de fiações elétricas, vegetação seca, veículos ou materiais inflamáveis. A distância de segurança em relação ao público, especificada na embalagem, precisa ser respeitada com rigor. Um erro comum é segurar os fogos diretamente com as mãos; o correto é utilizar suportes fixos ou bases estáveis no solo. Caso um artefato falhe ao ser aceso, nunca tente reaproveitá-lo ou se aproxime imediatamente. O procedimento seguro é aguardar alguns minutos e, se possível, neutralizá-lo com água. A imprudência nesses pequenos gestos é a principal causa de queimaduras e lesões graves.

Outro ponto que merece nossa reflexão é o impacto do barulho. O ruído excessivo das explosões causa sofrimento real a idosos, pessoas com transtorno do espectro autista, enfermos e animais domésticos, que possuem uma sensibilidade auditiva muito maior que a média. Optar por fogos com efeitos visuais e baixo ruído é um gesto de empatia e cidadania, permitindo que todos celebrem com tranquilidade. Além disso, é importante reforçar que álcool e fogos de artifício não combinam. O consumo de bebidas alcoólicas diminui os reflexos e a percepção de perigo, tornando o manuseio uma atividade de alto risco. Da mesma forma, crianças nunca devem manusear esses materiais, nem mesmo os de menor potência, devendo permanecer sempre sob a supervisão atenta de um adulto e a uma distância segura.

Celebrar a passagem de ano é um momento especial que merece ser vivido plenamente. Pequenas precauções e o respeito às normas de segurança são o que garantem que essa transição ocorra sem transtornos. Ao adotarmos uma postura preventiva, protegemos não apenas a nossa integridade, mas também o bem-estar da coletividade. A prevenção é, sem dúvida, o melhor caminho para que as festividades deixem apenas boas lembranças. Que a responsabilidade guie nossas celebrações, permitindo que o novo ano comece com paz e segurança para todas as famílias.