O Crescimento que nos move

Crescer é uma jornada silenciosa que se revela no tempo. Quando olho para a trajetória da minha empresa, vejo mais do que números, metas ou resultados, vejo o reflexo da minha própria evolução. A construção de um negócio é, em muitos sentidos, a construção de si mesmo: uma linha do tempo entre o que sonhamos e o que, com coragem, realizamos.

Comecei com uma ideia simples: criar algo sólido, que deixasse um legado. Mas o que não percebi no início, e hoje compreendo profundamente, é que ninguém cresce sozinho. Assim como a árvore que depende do solo fértil, da água e do sol, o empreendedor depende do ambiente em que está inserido. E foi São José do Rio Preto que me proporcionou esse ecossistema fértil.

Nossa cidade é uma protagonista silenciosa no desenvolvimento regional. Com dinamismo econômico, qualidade de vida e uma cultura empreendedora latente, ela transforma ideias em projetos e projetos em negócios. Crescer aqui não é um acaso. É uma possibilidade concreta.

Ao lado desse movimento, a Acirp cumpre um papel essencial. Mais do que representar a classe empresarial, ela inspira. Ao conectar empresas, defender interesses coletivos e fomentar o ambiente de negócios, a entidade contribui diretamente para o amadurecimento de empreendedores como eu. E, nesse ciclo virtuoso, nossa evolução pessoal, empresarial e coletiva se entrelaçam. Assim como eu precisei mudar de sede para acompanhar meu crescimento, a Acirp também se transforma, com novos prédios, novos sistemas, novos olhares para o futuro.

É preciso reconhecer: a Acirp não é apenas uma entidade. É uma força ativa na engrenagem que move a cidade. Sua atuação firme, moderna e conectada com as demandas do presente fortalece empresários, gera oportunidades e mostra que tradição e inovação podem, sim, caminhar juntas. Em tempos de mudanças aceleradas, ela se mantém como referência e bússola, firme, relevante e indispensável.

Na minha empresa, crescer exigiu coragem. Mudança de endereço, ampliação de estrutura, decisões difíceis e, principalmente, a capacidade de deixar para trás o que já não cabia mais. Crescimento dói. Mas não crescer é ainda mais desconfortável.

Há uma sinergia evidente: a maturidade da minha liderança acompanha o amadurecimento da empresa. A estrutura que desenvolvi ao longo dos anos, com pessoas certas, processos inteligentes e inovação, é também fruto do que aprendi como indivíduo. Liderar exige visão, mas também empatia, escuta e coragem. E liderar em Rio Preto é um exercício diário de adaptação e propósito.

A cidade pulsa com oportunidades. E nós, empreendedores, aprendemos a acompanhar esse ritmo. O crescimento da minha empresa foi, e continua sendo alimentado pela energia de um município que entende que desenvolvimento econômico precisa estar conectado ao bem-estar social, à educação e à inovação. Cada passo que demos teve como alicerce um ambiente urbano que incentiva a ousadia.

Hoje, ao olhar para trás, vejo que o crescimento da minha empresa não é um marco isolado. É o reflexo de um contexto maior, de uma cidade que cresce com a gente, de uma entidade que nos representa com força e de uma comunidade que valoriza o trabalho feito com ética e dedicação. Somos parte de um movimento. E crescer, aqui, é também contribuir para o crescimento de todos. Nem todo mundo tem coragem para crescer junto. Alguns ficam para trás, outros mudam de endereço e de destino.

Maíra Victorasso Alvarenga

Diretora do setor de Indústrias da Acirp