Diário da Região
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Sonho de criança

por Da Redação
Publicado há 6 horas
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Há quase 30 anos, fui presenteada com um aluno especial. Especial porque, com 7 anos, ele já sabia sonhar. Eu era professora polivalente no Centro Educacional Sesi 405, em Fernandópolis. Numa das aulas de Português, pedi para a classe que escrevesse uma redação: “Qual seu maior sonho?”

Me chamou a atenção um aluno, o Lucas, que disse que queria que seu pai parasse de beber. Me emocionei. Trinta anos se passaram, não mais tive contato com ele.

Dia 6 de outubro de 2025, numa quermesse na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, me deparei com sua mãe, que veio me cumprimentar. Perguntei a ela: “E o Lucas?” Ela me disse que estava bem e que é juiz de Direito em São Paulo. Me emocionei mais uma vez. Logo veio a pergunta: “O sonho dele foi realizado?”. Ela disse que não, que o pai diminuiu um pouco, mas que, quando bebe, não tem limite.

Pai, será que seu vício é maior que o sonho do seu filho? Os anos se passaram e ele ainda continua a sonhar. Filho é uma coisa preciosa. Pai, realize o sonho dele. O Natal está chegando, que tal dar de presente ao Lucas: “Venci o meu vício”? Ficaríamos agradecidos pela sua atitude de amor.

Ana Aparecida Barciela Gimenez da Silva, Fernandópolis

Professor

Cadê eles? Faltando em todas as áreas. O porquê? Vamos lá, salário de fome, falta de cursos de aprimoramento, de respeito, etc. Fui professor, amava e amo a profissão. Todos dependem deles, desde o catador lixo até o cientista. Sem eles, seriam todos analfabetos.

Deixam seu lar, seus problemas, suas doenças e lá vão dar amor e ensinamento. Vibram quando alguém se sobressai nas matérias, mas não desmerecem os outros, ao contrário: incentivam e mostram como chegar lá.

Agora pergunto: por que a diferença de ganho comparado a outras profissões? Quanto ganha um ministro? E um vereador? E um professor? Será que é por que, quanto mais dependente e menos esclarecida é a pessoa, é mais fácil colocar cabresto?

Fui professor de 2 cursos superiores, mais especialização, e com muito amor pelos alunos. Muita tristeza ter deixado a profissão para ganhar mais, ser valorizado e mais respeitado, para assim dar instrução e educação melhor para os filhos.

Hoje, com todo amor e carinho, obrigado, professores!

Benizio Lopes de Oliveira, Rio Preto