Pátria

A quem cabe o título de patriota, se politicamente estamos diante de grande diversidade ideológica? Pra mim, patriotismo é acima de tudo, respeito à sua pátria e querer o bem somente da sua pátria; patriotismo é honra e luta sempre em favor da sua pátria.
Patriotismo pra mim não carrega bandeira, partido ou ala política, e aprendi isso nos meados dos anos 90 com um político chamado Dr. Enéas Carneiro, que me fez enxergar a política sem um partido ou um lado político.
Hoje vemos pessoas enaltecendo o Dr. Enéas e chamando de mito, mas percebo que muitas vezes ele só é enaltecido porque já morreu. Se hoje estivesse no nosso meio, seria pouco entendido, por justamente enxergar além da política e de seus vieses ideológicos. Acredito que se hoje Dr. Enéas estivesse vivo, talvez seria pouco enaltecido e talvez até estaria esquecido, perambulando por Brasília sem apoio político e partidário por justamente pensar na pátria antes de tudo.
Erasmo Dantas, Rio Preto
Fio do bigode
Em um tempo não muito distante, lembro-me bem, quando ainda era uma criança ouvia meu pai, e outros Homens de Palavra, usar a expressão “no fio do bigode”, para selar algum negócio, seja vender ou comprar uma vaca ou uma boiada, um bom cavalo de lida, um pequeno sítio; como também as compras na venda da Vila, que se pagava à época das colheitas.
Não batia contrato, valia a palavra dada como garantia e o negócio estava feito com a certeza do comprador e também do vendedor que tal negócio não seria desfeito. Ninguém iria “mijar na arvinha” – outra expressão forte, de muito impacto naqueles tempos.
Para Homens de Palavra, bastava dizer “está feito” e o negócio seria mantido sob qualquer circunstância. Não sei se aqueles eram tempos estranhos, ou se estamos vivendo os tempos estranhos agora, onde a palavra dada, ou a palavra dita, nada vale. Em alguns casos, nem com fotos ou vídeos se sustenta o que foi dito, fotografado e registrado em vídeo.
Os homens de palavra de hoje não honram nem o que dizem durante suas bravatas, ou em nome de algum “poder” que pensam ter. Comportam-se como leões ao rugir e esbravejar contra quem quer que seja que lhes incomode na sua bolha, mas, na hora de enfrentar os artigos da lei e da justiça, comportam-se como gatinhos. Preferem regar as “arvinhas” a terem que sustentar o que disseram no momento de arroubo, de arrogância. Verdadeiramente, estamos vivendo em tempos estranhos!
Jorge Paulino, Monte Aprazível