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Um dos problemas que vêm chamando a atenção do país nesses últimos dias está associado ao metanol em bebidas alcoólicas, tanto é que casos de intoxicação estão inteiramente ligados ao consumo dessas bebidas adulteradas e que acenderam um alerta em São Paulo e outras partes do Brasil.
É evidente que as autoridades que atuam na investigação de fábricas clandestinas procuram dissipar dúvidas sobre a procedência dessa substância, a fim de que os responsáveis respondam por essa prática criminosa e que está causando a vida de algumas pessoas em função do aparecimento do metanol em bebidas alcoólicas.
Há de se fazer alusão aos efeitos que causam o metanol, um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos. Ele é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira como até as consequências de morte.
Outros problemas estão amplamente ligados à situação do metanol, tais como insuficiência pulmonar e renal, portanto, os cuidados se fazem necessários, além do alerta a todos que têm o hábito de ingerir bebidas, tanto sob os efeitos do álcool como do próprio metanol.
Alessio Canonice, Ibirá
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A tragédia se repete com rostos diferentes. Uma jovem morre envenenada por uma bebida adulterada após uma festa. Um advogado perde a vida em circunstâncias iguais depois de um aniversário com amigos. Uma mulher fica cega. Como não sentir a dor dessas famílias?
Diante de tantas vítimas, a resposta do governador Tarcísio de Freitas ecoou com frieza: “Vou começar a me preocupar se for com Coca-Cola”. A frase atualiza de forma cruel a antiga máxima “e daí, não sou coveiro”.
A declaração revela uma ausência profunda de compaixão e decência de quem tem o dever de cuidar dos cidadãos.
Marcus Aurelio de Carvalho, Santos