Gell-Mann
Físicos são figuras peculiares. Treinados para decifrar as leis que regem o mundo, eles moldaram o avanço tecnológico que define nossa era. Se você está lendo esse texto pelo celular ou pelo computador, agradeça primeiramente aos avanços da física. Se está lendo a versão impressa, agradeça pela tecnologia de impressão.
Quem passou pelo ensino básico certamente conheceu um, seu professor de física ou ciências, por exemplo. Entre eles, há de tudo: os carismáticos, os introspectivos, os brilhantes e os excêntricos.
A história da física está repleta de lendas sobre seus grandes nomes. Isaac Newton, por exemplo, via sua genialidade como um reflexo dos gigantes que vieram antes dele. “Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei nos ombros de gigantes”, escreveu, reconhecendo a base construída por seus predecessores.
Murray Gell-Mann, físico vencedor do Nobel em física teórica de partículas, não compartilhava da mesma humildade. Parafraseando Newton, ele disse que via mais longe porque estava cercado por anões. A frase, além de arrogante, reflete uma mentalidade curiosamente comum: a necessidade de diminuir os outros para se sentir maior.
Essa lógica não se restringe à física. Nos esportes, por exemplo, não basta um time ser bom, o adversário precisa ser ruim. Ficar em segundo lugar é quase tão vergonhoso quanto ser o último. No dia a dia, vemos isso em debates, no trabalho, nas redes sociais. Para muita gente, a própria competência só tem valor quando comparada à suposta mediocridade alheia.
A grande questão é: queremos mesmo enxergar mais longe ou apenas parecer mais altos diante de um horizonte rebaixado?
Fábio Rogério de Moraes, Rio Preto
Jabuti-1
Sobre a notícia "Cartunista Orlandeli, de Rio Preto, vence o Prêmio Jabuti", que orgulho! Esse livro do Smith é realmente digno de prêmio, assim como todo talento do Walmir Orlandeli!
Fernanda Peixe, via Facebook
Jabuti-2
O Orlandeli é um dos maiores orgulhos de nossa cidade!! Excelente pessoa e imenso artista!! Parabéns, irmão!!
Alexandre Zanin, via Instagram