Desagravo

O que vimos recentemente na chamada “Festa de Campetti”, em Rio Preto, ultrapassa todos os limites do bom senso, da civilidade e, principalmente, do respeito à democracia. Transformar uma celebração pública em um espetáculo grotesco que simula a prisão do presidente Lula é não apenas um gesto de mau gosto, mas um atentado simbólico contra a reconciliação nacional e contra tudo o que o povo brasileiro vem reconstruindo com tanto esforço desde o fim do ciclo de ódio e obscurantismo que devastou o país.
O ato, travestido de “brincadeira”, revela o que de fato permanece latente em setores que nunca aceitaram a soberania popular. Não se trata de humor, tampouco de liberdade de expressão. Trata-se de um ato deliberado de humilhação pública, de incitação ao ódio e de perpetuação da mentira como método político. É a estética do ressentimento que ainda se alimenta da ignorância e do fanatismo.
Não há democracia saudável onde se normaliza a degradação moral de um presidente eleito. O que se encenou ali, aos risos, é a mesma mentalidade que, em 2018, tentou apagar da história o maior líder popular que este país já conheceu. Mas a história é teimosa, e o povo também. O povo elegeu Lula três vezes e o fará quantas vezes for preciso, porque sabe reconhecer onde está a verdade e onde está a impostura.
O Brasil precisa se reencontrar com sua alma generosa e fraterna. Eventos como esse não são inofensivos: são sintomas de uma doença social alimentada pela desinformação e pelo ódio de classe. É hora de dizer basta. É hora de reconstruir o tecido moral e afetivo da política.
O tempo do ódio passou e quem insiste em ressuscitá-lo não quer festa, quer revanche.
Carlos Alexandre, Rio Preto
Jabuti
A conquista do Prêmio Jabuti é algo maravilhoso, extraordinário mesmo. Ressalta o autor, a obra, e a cidade de origem, no caso, São José do Rio Preto. Não tenho ideia de alguém daqui que tenha recebido um Prêmio Jabuti.
Então, Orlandeli, estamos todos muito alegres com a conquista, o coroamento de uma carreira vitoriosa e muito promissora. Parabéns!
Márcia Caldas, Rio Preto