Uma nova era começa agora
O conteúdo autoral, imperfeito e autêntico engaja muito mais do que qualquer produção plástica

O marketing como conhecíamos chegou ao fim. No lugar dele, nasce algo mais inteligente, mais humano e, acima de tudo, mais conectado. A partir de 2025, não basta vender: é preciso pertencer, emocionar e causar impacto real. Estamos entrando numa era em que algoritmos se cruzam com sentimentos e, nesse novo cenário, marcas que não conseguirem gerar conexão simplesmente deixarão de existir. Não será por falta de inovação ou tecnologia, mas por ausência de alma.
A Inteligência Artificial, antes vista como tendência, tornou-se a espinha dorsal de todas as estratégias, desde o planejamento de campanhas até o relacionamento com o cliente. Mas o verdadeiro salto está no uso da Emotion AI — a capacidade de interpretar emoções humanas em tempo real. É isso que tornará uma marca não apenas eficiente, mas inesquecível. Empresas como Microsoft e Salesforce já estão à frente, usando dados emocionais para antecipar desejos antes mesmo que eles sejam conscientes.
Além disso, vivemos uma era de hiperpersonalização, em que cada cliente deve se sentir único. Não se trata mais de chamar alguém pelo nome em uma newsletter, mas de compreender o que move aquela pessoa, quais são suas dores, seus desejos e suas motivações. Isso exige não apenas tecnologia, mas sensibilidade.
Ao mesmo tempo, estamos presenciando um movimento de volta ao real. O consumidor rejeita o artificial e busca verdade. Quer ver bastidores, falhas humanas, histórias de verdade. O conteúdo autoral, imperfeito e autêntico engaja muito mais do que qualquer produção plástica e distante. E isso nos leva ao maior valor da nova era: o pertencimento. Não basta ter seguidores; é preciso construir comunidade.
Marcas precisam sair do pedestal e se tornarem plataformas de conexão entre pessoas. Esse é o novo poder. Paralelamente, cresce a exigência por inclusão, acessibilidade e imersão. O marketing de amanhã será multissensorial, distribuído entre realidades aumentadas, experiências gamificadas e espaços digitais cada vez mais personalizados. Mas nenhuma dessas tecnologias terá valor se não houver propósito.
A nova geração não consome por consumir; ela quer causas, quer impacto, quer sentido. Marcas que não sabem explicar por que existem não sobreviverão. O futuro do marketing não é sobre prever tendências, mas sobre se posicionar com verdade.
Quem entender isso não vai apenas seguir o fluxo — vai liderar. Porque o futuro não é uma previsão. É uma escolha diária. E só quem tem coragem de sentir, também terá coragem de comandar.
Tathiane Pereira
Estrategista de marketing digital, empresária e mentora em comunicação com propósito. Aluna da Fatec Rio Preto e, junto com mais 45 alunos e toda equipe acadêmica, lidera o Projeto Voz da Sala