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ARTIGO

O incomparável poder dos seguros no Brasil

O Brasil teve nos bancos o grande mobilizador da disseminação do produto seguro

por Shirtes Pereira
Publicado há 18 horasAtualizado há 4 horas
Shirtes Pereira (Shirtes Pereira)
Shirtes Pereira (Shirtes Pereira)
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Números reais de 2024 apontam que o setor de seguros devolveu 55% do que arrecadou, ou seja, R$ 241 bilhões dos R$ 435 bilhões arrecadados. Uma devolução de peso! Um número gigantesco e importante para o desenvolvimento do nosso País.

Esse grau de grandeza também se revela em nossa participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, onde atingimos a marca de mais de 6% e mais de 10% se considerarmos a previdência privada e o (seguro) saúde.

O setor como um todo cresceu 12,2% em relação a 2023, 6% de crescimento real, já descontada a inflação do período.

Mas estes números não são tão divulgados e/ou do conhecimento da maioria. Pasmem, o produto seguro ainda requer ações mais preciosas, voltadas exclusivamente ao atendimento de excelência e mais flexibilidade na aceitação e precificação dos produtos e serviços que a indústria coloca para o mercado consumidor.

Importante deixar bem claro à população brasileira que o setor de seguros tem sua distribuição (80% a 90%) a cargo do corretores de seguros. Essa realidade é mundial. A venda direta, por mais que se tenha tentado, não deu certo, aqui e lá fora.

O Brasil, no seu processo de amadurecimento socioeconômico, teve nos bancos o grande mobilizador e influenciador financeiro e responsável pela disseminação do produto seguro. Isso foi muito importante e contribuiu para a criação da cultura do seguro. O fato negativo ficou por conta da perniciosa “venda casada”, ou seja, a perda da conscientização advinda da falta da percepção do valor protecional que devemos ter com os danos patrimoniais, responsabilidades e pessoais que toda sociedade está sujeita. Outro aspecto que coube ao setor bancário foi o enraizamento financeiro que possibilitou maior solidez e viabilidade à indústria securitária.

Os corretores de seguros surgiram no século passado na década de 30, mas foi apenas em 29 de dezembro de 1964 que nos tornamos profissão regulamentada com a Lei nº 4.594/64. Apenas na década de 70 do século passado, foi que a indústria do seguro voltou olhos para o Canal de Distribuição dos Corretores de Seguros que se despontava. De lá para cá (seis décadas) vimos crescer o caráter essencial da distribuição, que se consolidou no âmbito nacional e internacional.

Como distribuidores do produto seguro, os corretores de seguros passaram a ter maior valorização e hoje buscam cada dia mais interatividade entre produção & distribuição.

Shirtes Pereira

Bacharel em Administração de Empresa e Economia, securitário e empresário corretor de seguros