Como as empresas devem se preparar para 2026
Eleições nacionais, Copa do Mundo e um cenário internacional volátil formam um conjunto de fatores que exige das empresas uma preparação mais técnica, cuidadosa e orientada por dados

O ano de 2026 reúne características que tornam o ambiente de negócios desafiador e, ao mesmo tempo, cheio de oportunidades. Eleições nacionais, Copa do Mundo e um cenário internacional volátil formam um conjunto de fatores que exige das empresas uma preparação mais técnica, cuidadosa e orientada por dados. Para atravessar esse período com segurança, é fundamental revisar estratégias agora e estruturar processos capazes de responder rapidamente às mudanças.
O primeiro ponto de atenção é a gestão financeira. Anos eleitorais tendem a apresentar oscilações de consumo, pressões sobre preços e maior instabilidade nos indicadores econômicos. Empresas que começam 2026 com caixa equilibrado, acompanhamento rigoroso do fluxo de caixa e margens revisadas terão vantagem competitiva. A análise de contratos, a renegociação com fornecedores, o redesenho de estoques e o uso de métricas de desempenho tornam a operação mais previsível, mesmo diante de cenários incertos.
Outro aspecto importante é o comportamento do consumidor. Em ano de Copa do Mundo, diversos setores observam picos sazonais de demanda, especialmente alimentação, eletrônicos, moda, artigos esportivos e serviços digitais. Negócios que planejam campanhas temáticas, reforçam presença online e desenvolvem produtos alinhados ao clima do evento conseguem ampliar alcance e conversão. Mesmo empresas que não atuam diretamente nesses segmentos podem aproveitar o aumento geral de engajamento para fortalecer sua marca e intensificar relacionamentos.
A tecnologia também será decisiva. Automação, inteligência artificial e análise avançada de dados já fazem parte da rotina das empresas mais competitivas, e 2026 deve consolidar essa tendência. Investimentos em ferramentas que integrem processos, melhorem a produtividade e reduzam retrabalho têm retorno rápido em períodos de incerteza. Pequenos negócios podem começar com soluções simples, como sistemas de gestão, atendimento digital e monitoramento de indicadores.
A gestão de pessoas merece destaque adicional. Ambientes voláteis exigem equipes bem treinadas, adaptáveis e alinhadas às metas do negócio. Programas de capacitação contínua, comunicação interna clara e liderança presente contribuem Qpara manter a produtividade mesmo quando o mercado oscila. Empresas que valorizam desenvolvimento humano reduzem rotatividade, melhoram o clima organizacional e respondem mais rápido a mudanças externas.
Por fim, o planejamento estratégico precisa ser contínuo. Monitorar tendências, acompanhar desdobramentos políticos e revisar metas trimestralmente fortalece a capacidade de antecipação. Criar cenários, fazer testes, definir prioridades e estabelecer planos de contingência são práticas essenciais para proteger o negócio e identificar oportunidades antes da concorrência.
Não se iluda, pois não temos horizonte de estabilidade, e por isso, é necessário construir uma empresa capaz de operar com eficiência neste cenário desafiador. Conte com o Sebrae atravessar 2026 em segurança!
Artur Shoiti
Consultor de negócios do Sebrae-SP