Bom 2025, melhor 2026!
Então, que as boas previsões para 2026 se confirmem, e que todos tenham um Natal cheio de alegria e sentimento fraterno

É sempre bom aproveitar os últimos dias que restam de 2025 para fazer algumas reflexões econômicas e, por meio delas, tentar traçar um possível cenário que deve se apresentar para o país, no próximo ano. Antes, porém, é preciso lembrar de dois fatores importantes. Primeiramente, em 2026, haverá eleições. Assim sendo, o eleitor deve se preparar, desde já, para se livrar das armadilhas e redes de desinformação que os candidatos do “partido” das fake news implementarão. Mais do que nunca, os eleitores devem apoiar aqueles candidatos que têm compromisso com a verdade e com aquilo que é relevante à sociedade. O segundo fator é que, outro ano se vai, e, novamente, o Brasil não se tornou uma Venezuela, nem os bens das pessoas foram confiscados, etc. Ponto e pronto! Chega dessa conversa mole e dessa falta de argumentos que a extrema-direita usa para desconstruir a nossa democracia. O povo brasileiro não merece passar por isso, de novo.
Pois bem, no que diz respeito às questões econômicas, alguns indicadores podem confirmar que o ano de 2025 está terminando muito melhor, do que aquelas previsões feitas pelos mensageiros do apocalipse político, no final de 2024. Por exemplo, o dólar, neste mês de dezembro, está cotado em R$ 5,52. Um valor muito abaixo dos R$ 6,20, de dezembro de 2024. A taxa de desemprego, por sua vez, está em 5,4%, e confirma uma tendência de recuperação de postos de trabalho, que vem se consolidando desde 2024 (em novembro daquele ano, estava em 6,1%). A inflação acumulada nos últimos doze meses está em 4,46%. Além de controlada e dentro da meta prevista, é preciso mencionar que alguns produtos, como alimentos, têm apresentado uma elevação de preços que contribuíram para aumentar a inflação. Em muitas partes do mundo, a produção de alimentos tem sido afetada por fatores climáticos, impactando a oferta e os preços desses produtos, não sendo, portanto, um problema exclusivamente brasileiro.
A balança comercial é outro indicador que precisa ser avaliado cuidadosamente. Apesar de Trump e de toda a tropa que tentou minar o comércio internacional do país, em troca de anistia para golpistas, em todos os trimestres de 2025, o saldo comercial foi superavitário. No terceiro trimestre deste ano, o saldo positivo foi de US$ 13,6 bilhões. O superávit da balança comercial acaba impactando positivamente o saldo das Reservas Internacionais, as quais chegaram a US$ 360,5 bilhões (novembro de 2025). A título comparativo, em dezembro de 2024, as reservas estavam em US$ 329,7 bilhões.
Por fim, vale mencionar a avaliação feita pelo professor Cláudio Felisoni de Angelo, coordenador de projetos da FIA Business School (vinculada a Fundação Instituto de Administração da USP), sobre pesquisa elaborada pelo IBEVAR – Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado Consumidor, e a FIA, para medir o Índice Geral de Vendas de Natal 2025. De acordo com o levantamento, as vendas neste Natal devem crescer 5,4% em relação ao do ano de 2024. O professor Cláudio ressalta que “mesmo com juros elevados e endividamento das famílias ainda em patamares altos, o ambiente econômico oferece alguns sinais de alívio. A pesquisa apontou crescimento de 6% na massa real de pagamentos e de 6% no rendimento médio real, entre 2024 e 2025, contribuindo para aumentar o poder de compra no fim de ano.”
Então, que as boas previsões para 2026 se confirmem, e que todos tenham um Natal cheio de alegria e sentimento fraterno. E mais, que o Ano Novo seja marcado por um pacto com a verdade e pelas escolhas sábias dos eleitores, nas próximas eleições.
Ademar Pereira dos Reis Filho
Doutor pelo IGCE/Unesp de Rio Claro e docente da Fatec Rio Preto