Enel admite mudar, mas quer continuar
Após a pressão federal, estadual e municipal para o rompimento da concessão da Enel, a empresa afirmou nesta quarta-feira, 17, estar disposta a substituir em larga escala a fiação elétrica aérea da capital paulista por uma rede subterrânea.
O enterramento dos fios é uma das principais soluções apontadas por especialistas para diminuir apagões causados por tempestades e ventanias. Mas acarreta altos custos, que podem impactar no preço da tarifa de energia.
Dos mais de 20 mil km de extensão de fiação na capital paulista, menos de 1% da rede está debaixo do chão. Um programa criado em 2017 pela Prefeitura para acelerar o processo, o SP Sem Fios, só enterrou 46,5 km até agora. Em 2022, a promessa da gestão Ricardo Nunes (MDB) era chegar a 65,2 km até 2024.
A declaração da Enel nesta quarta é a primeira após o ministro de Minas e Energia, o governador de São Paulo e o prefeito da capital dizerem que vão acionar a Aneel para romper o contrato com a Enel.
"A solução exige investimentos maciços em redes resilientes e digitalizadas, além da implantação em larga escala de uma rede de distribuição subterrânea. A empresa está disposta a realizar esses investimentos como parte de uma estratégia compartilhada com todas as instituições envolvidas", afirmou a Enel.