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CORINTHIANS

Ministério Público cobra explicações sobre contrato do Corinthians e a Caixa

Nos últimos dias, o site GE.com informou que o Corinthians e a Caixa estão negociando uma ampliação na carência do financiamento da Neo Química Arena

por Agência Estado
Publicado em 21/01/2022 às 01:22Atualizado em 21/01/2022 às 08:48
Arena Corinthians foi construída para a Copa de 2014 (Divulgação/ Agência Corinthians)
Arena Corinthians foi construída para a Copa de 2014 (Divulgação/ Agência Corinthians)
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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) ingressou com uma representação no órgão que cobra informações sobre negociações envolvendo a Caixa Econômica Federal e o Corinthians, que estariam estudando ampliar o prazo de carência no pagamento do financiamento da Neo Química Arena, o estádio do time paulista, em São Paulo.

Nos últimos dias, o site GE.com informou que o Corinthians e a Caixa estão negociando uma ampliação na carência do financiamento da Neo Química Arena. Estava previsto que o clube quitaria as parcelas até o fim deste ano, mas o prazo pode ser adiado para 2023.

De acordo com o procurador Lucas Rocha Furtado, o TCU precisa investigar os impactos financeiros aos cofres públicos de uma eventual prorrogação de contrato, tendo em vista que a dívida atual, de R$ 569 milhões, pode crescer, já que as parcelas serão reajustadas anualmente em 3,4% e corrigidas pela TJLP (taxa de juros de longo prazo). De acordo com o MP, valores milionários que envolvem dinheiro público "não podem ser tratados com tamanha informalidade".

"Cumpre notar que o capital da Caixa é integralmente público! Sendo assim, há clara lesão pelo Sport Club Corinthians Paulista ao não honrar seus compromissos contratuais com a instituição financeira pública", assinalou o procurador.