Diário da Região
COMBUSTÍVEIS

Preço do barril do petróleo tende a subir

Preço médio da gasolina subiu 2,25% na semana passada, chegando a R$ 6,710

por Agência Estado
Publicado em 09/11/2021 às 22:21Atualizado em 09/11/2021 às 22:24
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque: preocupação com o desabastecimento (Marcello Casal JrAgência Brasil)
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque: preocupação com o desabastecimento (Marcello Casal JrAgência Brasil)
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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta terça-feira, 9, que o preço do petróleo, que já subiu cerca de 60% neste ano, tende a avançar ainda um pouco mais com a chegada do inverno no Hemisfério Norte - o petróleo e a variação do dólar afetam os preços dos combustíveis no Brasil.

"Preços dos combustíveis. O que ocorreu? Por que houve aumento? Principalmente pela alta do petróleo, 60% só em 2021, e com tendência, com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, de subir um pouco mais", declarou Albuquerque.

O preço médio da gasolina nos postos do País subiu 2,25% na semana passada, chegando a R$ 6,710 o litro, de acordo com levantamento divulgado na segunda-feira, 8, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor máximo foi de R$ 7,999, no Rio Grande do Sul.

A escalada de preços é reflexo do reajuste no valor da gasolina e do diesel feito pela Petrobras, em vigor desde 26 de outubro.

Por conta do reajuste, o preço do litro do diesel subiu 2,45% nos postos brasileiros na semana passada, chegando a uma média de R$ 5,339. O preço máximo foi de R$ 6,700 o litro em Cruzeiro do Sul, no Acre.

O valor médio do litro do etanol, por sua vez, subiu 4,5% na semana, para R$ 5,294. O preço máximo foi de R$ 7,899 o litro em Bagé, no Rio Grande do Sul.

O preço do botijão de gás (GLP), por sua vez, se manteve estável e fechou a semana em R$ 102,48.

Albuquerque disse que é preciso “ter uma preocupação agora muito grande com o desabastecimento, porque a importação do combustível leva no mínimo 90 dias". "Hoje nós temos uma parcela do mercado, cerca de 20% do mercado de combustíveis, que não é da Petrobras, então mudar qualquer coisa tem que ser uma mudança com bastante critério, com bastante transparência e governança para que a gente possa atingir os objetivos”, disse, lembrando que até 2016 a estatal importava todo o combustível consumido no País.

Em outubro, a Petrobras informou que recebeu, para o mês de novembro, pedidos muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção. Em comunicado, a empresa negou o risco de desabastecimento e afirmou estar maximizando a produção. A sinalização acendeu alerta no mercado e distribuidoras.

Albuquerque negou que haja qualquer tipo de interferência na Petrobras. Durante audiência pública em comissões do Senado, o ministro afirmou que existem diversos dispositivos legais que impedem isso, entre elas a lei das estatais, de 2016, que determina que não pode haver interferências nas empresas públicas.